Uma pesquisa realizada pela Hi-Mídia, empresa especializada em venda de mídia online com foco em segmentação e desempenho, e pela M.Sense, especializada no estudo do mercado digital, traçou o perfil do e-consumidor brasileiro.
De acordo com o estudo, a internet é a grande influenciadora na hora de o consumidor se decidir por uma compra. Além de ouvir a opinião de parentes e amigos, 77% dos entrevistados afirmaram que adquirem informações sobre os produtos em sites de busca, redes sociais, blogs ou sites institucionais das empresas. Outro dado revelado na pesquisa reforça a necessidade da presença online: apesar de a diferença no volume de investimento ainda ser muito grande, a publicidade online ganha cada vez mais importância junto aos usuários de internet – 47% a consideram muito influente, contra 38% que julgam que a publicidade na TV exerce muita influência na hora da compra.
O levantamento também apontou que 93% dos entrevistados das classes C/D/E já são e-consumidores, contra 90% dos pertencentes às classes A/B. Além disso, 96% dos participantes entre 25 a 29 anos consomem online, contra 94% dos que têm até 24 anos e 93% dos que possuem entre 40 e 49 anos. A região campeã é o Nordeste, com 96% dos entrevistados realizando compras online, contra 92% dos habitantes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste/Norte. Entre os homens, 94% fazem compras online, contra 91% das mulheres.
Para 68% dos internautas, a principal vantagem das compras online é o preço (principalmente entre os homens), enquanto que 56% levam em consideração a comodidade (mais citado pelas mulheres). Variedade dos produtos, facilidade de pagamento e busca de informações e dicas também foram apontadas pelos entrevistados como principais motivos para comprar online. A pesquisa apontou que praticamente todos os consumidores comparam preços na internet antes de fazer suas compras, independentemente se as realizarão em lojas físicas ou online.
Entre os campeões de compras estão eletrodomésticos e artigos de informática, citados por 76% dos entrevistados, seguidos dos eletrodomésticos (56%), de livros e revistas (39%), de roupas, e acessórios e calçados (34%). Encabeçam o top of mind, tanto entre usuários das classes A/B quanto entre os da classe C, a Americanas.com, que foi lembrada por 22% dos entrevistados, e o Submarino, por 16%. Entre os produtos que sofrem rejeição estão alimentos e bebidas, apontados por 34% dos entrevistados como um produto que eles não comprariam online, seguido de joias (29%), automóveis e autopeças (24%) e flores (23%). A alegação dos usuários é que precisam avaliar os produtos pessoalmente.
A pesquisa também revelou que um em cada cinco entrevistados sente-se irritado quando encontra publicidade em suas caixas de e-mail e 47% consideram-se invadidos quando recebem e-mails para os quais não deram autorização. Entretanto, 49% querem ter acesso a mais ofertas relevantes por e-mail e 54% afirmam que lojas e sites de compras coletivas deveriam enviar apenas ofertas personalizadas, indicando que o e-mail marketing pode ser uma das melhores formas de contato com o consumidor, desde que trabalhado corretamente.
O estudo ouviu 1.214 pessoas das cinco regiões brasileiras, entre os dias 4 e 12 de abril.