Uma das datas mais movimentadas e rentáveis para o ecommerce brasileiro está chegando: o Dia dos Namorados. Se antes da pandemia essa data já era importante para o comércio eletrônico, agora se tornou ainda mais, visto que muitos brasileiros se habituaram a comprar online, um resquício da pandemia que, se bem aproveitado em datas como essa, pode gerar ainda mais lucro do que o esperado.
O e-commerce, que era visto como opção secundária em relação à ida ao shopping para comprar os presentes dos apaixonados, agora é competidor voraz dos shoppings lotados. Para se ter uma ideia, apenas as compras online no cartão de crédito durante a época do Dia dos Namorados somaram R$ 3,3 bilhões no ano passado, representando um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2020, segundo relatório feito em parceria com a Clearsale e Octadesk. E isso pode aumentar ainda mais para todos os setores, especialmente o varejista, queridinho para um número expressivo de consumidores pela facilidade de compra e, claro, pelo preço.
Personalização do consumo
Quando o setor varejista busca entender com quem está falando e se organiza estrategicamente para uma data de peso para o e-commerce, é sempre esperado um boom de vendas, mesmo em tempos de crise, como já vimos anteriormente. Faz toda a diferença mergulhar no mundo em que seu consumidor está inserido. Afinal, cada vez mais, o consumidor busca se identificar com o propósito de determinada marca antes de fazer uma compra. Os consumidores da geração Z, por exemplo, buscam saber sobre a procedência dos produtos (como a testagem em animais) e sobre a política da marca (inclusão e diversidade) antes de consumirem. Esse recorte faz parte de um amplo cenário de decisão de consumo, que precisa ser levado em consideração para a criação de jornadas personalizadas, que impulsionam as compras.
Um grande exemplo dessa personalização é o enriquecimento do conteúdo nas mídias sociais, dinâmicos, rápidos e convincentes. Parece a receita perfeita do sucesso online, já que, hoje, é muito difícil achar alguém que não tenha pelo menos uma rede social, com o WhatsApp sendo cada vez mais explorado. Mas não se pode deixar de lado algumas observações cruciais nessa receita: o período de atenção de um ser humano é de oito segundos, menor do que de um peixinho dourado e a existência de uma linha tênue entre ser convincente e ser chato. Entramos novamente no loop eterno da personalização: apenas achar que conhece seu cliente não é suficiente, é necessário mergulhar no contexto em que estão inseridos e ter certeza das ações que serão feitas.
Colocando a personalização em prática
E uma data como o Dia dos Namorados é uma ótima oportunidade de colocar essa personalização em ação, e conseguir resultados ainda melhores, fortalecendo laços com o cliente, e, quem sabe, ele se apaixone e se torne um cliente recorrente. A recomendação de produto, por exemplo, se transforma completamente quando é feita de maneira assertiva e individualizada, deixando de lado aquelas genéricas, que podem resultar num desperdício de recursos para a empresa e de efeito quase nulo para os clientes.
Depois de toda essa conversa, a conclusão só pode ser esta: recursos não faltam. Mas, para acertar a receita, é preciso de disposição, curiosidade e interesse para conhecer o cliente e agregar mais valor ainda ao Dia dos Namorados, em que, a cada ano, o e-commerce tem mais protagonismo e ganha mais autoridade nas vendas, deixando, muitas vezes, as lojas físicas comendo poeira.
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