A força dos dispositivos móveis e das redes sociais tem ganhado cada vez mais destaque no varejo, e o e-commerce que não se conectar vai perder força não só entre os clientes mas também no marketplace.
Essa é a opinião de Flávia Marcon, gerente de marketplace da Mercado Livre. Nesta terça-feira (6), durante a Conferência E-commerce Brasil Nordeste, ela apresentou o workshop “Como gerenciar, vender melhor e não perder dinheiro”.
De acordo com Flávia, a tendência do comércio eletrônico é a venda por meio de smartphones e tablets. “Hoje, a realidade de vendas pelo mobile é muito forte. Não posso [enquanto lojista] me preocupar em aparecer apenas no Google ou nas redes sociais, preciso estar adaptado ao mobile”, afirmou.
“Você consegue fazer tudo pela tela do seu celular, desde anunciar, tirar uma foto, conversar com o comprador e finalizar a venda”, exemplificou.
Durante o workshop, a gerente buscou mostrar aos lojistas a necessidade de se adaptar ao comportamento dos novos consumidores: segundo ela, o mundo mobile movimenta cerca de três bilhões de usuários no mundo – 70% deles acessam a internet pelo smartphone. Já as vendas por mobile representam 33% do total no Brasil.
App ou site?
Quem tem um e-commerce já se perguntou: devo desenvolver um aplicativo da minha marca ou focar em um site responsivo?
Na opinião de Flávia, o importante é deixar o consumidor decidir sem restringir o acesso do cliente.
“No aplicativo, você tem, entre outros, usuários recorrentes, funcionalidades diferenciadas, marca presente a todo momento, monitoramento e notificações push”, defendeu.
Já no webmobile, as vantagens ficam por conta do grande número de novos usuários, além da compatibilidade com praticamente todos os aparelhos e atualizações instantâneas. “No início, o mobile era tratado como mais uma fonte de demanda. Hoje, é uma plataforma independente.”
De acordo com a gerente de marketplace, para trabalhar com mobile o lojista deve entender que a plataforma possui uma estratégia dedicada: download, performance, engajamento e campanhas adaptadas ao mobile (como e-mails responsivos, textos mais curtos e imagens mais claras).
Mercado crescente
Segundo a gerente, os lojistas de e-commerce passaram a adotar mais o marketplace como estratégia de venda.
“O marketplace é interessante tanto para grande e médias empresas mas principalmente para os pequenos e-commerces, que usam grandes nomes para sua divulgação. Sem contar que grande parte dos marketplaces são de graça, então investimento é baixíssimo”, defendeu.
De acordo com ela, 98% dos preços praticados no Mercado Livre são fixos, enquanto 85% dos produtos correspondem a itens novos – diferentemente de quando a empresa nasceu, no modelo de leilão de usados.
“O varejo offline não tem perspectivas de crescimento. [As lojas físicas] Ou estão passando por dificuldades ou vão acabar, isso porque não conhecem muito bem a venda online. Está sendo muito efetiva essa transição do off para o on”, finalizou.
Baixe a apresentação completa aqui: Workshop Confeência E-Commerce Brasil Nordeste 2016