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MadeiraMadeira planeja abrir 120 lojas físicas em 2021

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A MadeiraMadeira, startup curitibana que ganhou status de unicórnio ao ser avaliada em US$ 1 bilhão neste início de ano, pretende abrir 120 lojas durante 2021. A marca tem atualmente dez pontos de venda físicos e deve, portanto, chegar a 130 até dezembro.

Chamadas de guide shops, elas são espaços pequenos que permitem conhecer ao vivo alguns produtos e fazer encomendas online. Os lançamentos serão nas regiões Sul e Sudeste do país, onde já funcionam as lojas atuais.

Loja física da MadeiraMadeira em Curitiba (PR)

Essa estratégia é uma forma mais barata de ganhar presença física e, assim, conquistar mais confiança do consumidor. “Depois da primeira visita, o cliente perde o medo, entende como funciona e passa a comprar sozinho no site”, disse Eduardo Yamashita, diretor de operações da consultoria de varejo Gouvêa, ao Estadão. Para ele, este é um modelo que faz sentido para outras marcas com apelo digital e que também precisam educar o cliente à cultura do e-commerce.

As guide shops do MadeiraMadeira

De fato, a variedade de canais é importante para esse público, segundo um estudo do Adyen Retail Report. Perguntados se seriam mais leais a um varejista que permitisse comprar online e devolver na loja física, 71% dos pesquisados concordaram com essa afirmação. Apenas 5% discordaram e 24% ficaram neutros.

Já 77% disseram que seriam mais fiéis a um varejista que permitisse comprar, de dentro da loja, um item esgotado no local, mas disponível online. Nesse caso, o item seria enviado diretamente para a casa do consumidor. Apenas 6% discordaram da afirmação e 18% ficaram neutros. A Adyen é parceira da MadeiraMadeira na expansão das guide shops.

“Essa é mais uma etapa no repensar do papel da loja. Estar mais próximo do consumidor com custo menor de implantação e mais pontos de contato”, afirmou Yamashita à publicação. Das principais empresas de e-commerce presentes no Brasil, apenas o Mercado Livre e a Amazon não têm lojas físicas como parte de sua logística.

Para o Magazine Luiza, a Via Varejo e a própria Lojas Americanas, controladora pela B2W, a integração dos pontos de venda físicos e a compra online tem sido fundamental para facilitar a logística de entregas e fazer o produto viajar menos até o cliente.

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Fonte: Estadão