Pedro Alvim e Ana Paula Passarelli mostraram de que forma valorizar o branding por meio da presença digital de influenciadores
O Brasil é um dos países que mais consome conteúdo em redes sociais. Essa realidade criou, nos últimos anos, uma nova economia diante de um contexto bastante valioso para as marcas: associar seus produtos, serviços e até a identidade da marca a criadores de conteúdo. Para discutir este cenário, o Fórum E-Commerce Brasil convidou Pedro Alvim, gerente sênior de social media da Magalu, e Ana Paula Passarelli, COO e Co-Founder da Brunch Toast.
Ana Paula alertou o público que a maneira de se considerar um influenciador para se atrelar a marcas mudou, já que é possível comprar seguidores e, com isso, ter um perfil aparentemente popular.
“Os bots humanos são uma realidade, por isso, é preciso considerar diversas métricas para associar um conteúdo a este suposto influenciador. Existem plataformas que indicam qual a porcentagem de pessoas reais que acompanham aquele influenciador, sugere.
Ela ainda explicou que é importante criar atalhos cognitivos que ajudam o público a compreender a narrativa do que se espera vender. Na empresa que gerencia, ela possui diversos arquétipos, de personalidades diferentes, que são acionados e implementados em estratégias de acordo com a necessidade de cada ação de marketing. “Existe todo um trabalho de comunicação que precisa ser feito antes de sugerir a compra. Os criadores de conteúdo devem ser vistos como parceiros de negócio para alavancar parte deste processo para amplificar a audiência”, explicou.
A maior do mundo
Além das personalidades de carne e osso, já existem diversos influenciadores que vivem apenas no mundo digital. É o caso da Lu, do Magalu, a famosa personagem do Magazine Luiza que deixou de ser apenas uma garota propaganda para ser uma influenciadora digital da marca com alcance mundial.
Pedro Alvim contou que a ideia da personagem é que ela absorva uma consciência coletiva, de forma a se envolver e representar a realidade dos brasileiros. “Não construímos um metaverso, nós contamos histórias por meio da Lu, com causas que acreditamos e que estejam alinhadas com os valores da sociedade”, pontua.
O gerente ainda diz que, o que seria um gasto para manter, criar e gerir a virtual influencer, hoje é fonte de lucro, uma vez que o potencial de receita da Lu é de 17 milhões de dólares. “Buscamos gerar valor por meio de parcerias, colabs e licenciamento. As marcas já se atentaram a essa possibilidade de negócio e começaram a se apropriar deste modelo de marketing de influência”, conta.
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Por William Saab, em colaboração especial durante o Fórum E-Commerce Brasil 2022.