Este 2014 é naturalmente um ano atípico para o Brasil. Ano em que teremos um evento gigante como a Copa do Mundo de futebol e que termina em eleições presidenciais.
Teoricamente é um ano que está com as perspectivas para o varejo prejudicadas. Muitos feriados, alterações das práticas de marketing para atender a pouca oferta de tempo na conversa com o consumidor, a grande mídia focada em venda de produtos e serviços relacionas ao evento esportivo, inflação marqueteira, e por ai vai.
Isso se não lembrarmos, ainda que vagamente que o Brasil enfrente uma crise financeira e de infraestrutura que o governo tenta esconder, assim como se tentássemos tapar o Sol com uma peneira.
E apesar dessa crise que já vem se arrastando por muito mais tempo do que deveria, a perspectiva para o e-commerce deve ser pensada, analisada, refletida de forma apartada da análise macroeconômica. E não digo isso por se tratar de movimentos encantatórios e sim como reflexo dos resultados do Varejo Online dos últimos anos.
Lembremos que o crescimento em 2012 (frente 2011), quando tratamos de receita bruta, foi cerca de 20%, enquanto o crescimento em 2013 (frente 2012) beirou os 45%. E olha que estamos em crise. Imagina em condições ideais para o desenvolvimento da atividade econômica?
Esse ano pode e deve ser pensado pelas empresas, pelos empresários e pelos empreendedores como um ano permitido para a modelagem, para o planejamento de novos negócios para aqueles que ainda não estão com atividades no e-commerce, e pode servir também para a remodelagem, para o replanejamento das operações existentes.
Outro ponto importante, e desta vez para as empresas que já atuam nos mercados físicos e digital, mas de forma “apartada”, é que está mais do que na hora de pensar sua operação, sua organização e principalmente o desenvolvimento do verdadeiro conceito de operação multicanal.
Evidente que negócios voltados para o comércio de produtos esportivos, para o comércio de produtos televisivos, para o comércio do entretenimento, o cenário é particularmente favorecido. E é evidente que o crescimento de 2013 foi surpreendente, afinal eram esperados R$ 28 bi de receita, quando o mercado entregou cerca de R$ 31,5 bi. Porém o mercado todo está em franco desenvolvimento. Passamos de 53 milhões de consumidores online. Um parte deles está aguardando você.
Planeje. Penso o mercado. Pense sua operação. Pense sua estrutura. Pense seus colaboradores. Pense sua concorrência. Pense seu marketing. Pense sua logística. Pense sua distribuição. Pense sua tecnologia. Pense seu financeiro. Pense sua estratégia. Pense suas oportunidades. Pense com seus amigos. Pense com sua rede de relacionamento. Pense seus parceiros. Pense seus fornecedores. Pense seus desafios. Pense. Pense. Pense. 2014 pode não ser somente o ano do futebol e das urnas.