Esta perspectiva revela significativa expansão na potencialidade de consumo entre os brasileiros, já com os reflexos de uma segunda onda migratória no extrato das classes sociais.
A escalada ascendente de domicílios da classe B, nos últimos anos, fica evidenciada, bem como a ampliação da classe media, com a migração entre as classes C, D e E – tanto na participação do consumo como em domicílios familiares. Nota-se que o Sudeste mantém a liderança nacional, seguido por um Nordeste em crescimento e com destaques nas presenças do Sul, Centro-oeste e Norte. O País passa por uma acentuada interiorização setorial apesar do ganho de participação das Capitais no bolo da economia. É o que aponta a IPC Marketing Editora, empresa especializada no cálculo de índices de potencial de consumo, ao concluir o cálculos do estudo IPC Maps para 2013, indicador da potencialidade de consumo nacional, com detalhamento para cada um dos 5.565 municípios.
Consumo mais de R$ 3 tri – O consumo dos brasileiros irá registrar a cifra de R$ 3,001 trilhões (três trilhões e um bilhão de reais), em 2013, apresentando um crescimento próximo de R$ 276 bilhões quando comparado com o IPC Maps 2012 (cerca de R$ 2,73 trilhões). Em termos reais, os cálculos do IPC Maps 2013 mostram que as despesas das famílias crescerão acima do PIB, equivalente a 3,8% , indicando um aumento populacional da ordem de 0,84%. O estudo foi feito com base em dados secundários, atualizados e pesquisados através de fontes oficiais de informação, utilizando uma metodologia própria.
A população ultrapassará 195 milhões de pessoas, cálculo atualizado com os Resultados do Censo 2010. O número de mulheres permanecerá maior que o dos homens (51% contra 49%). A população urbana representará 84,6%, apontando um consumo urbano per capita anual de R$ 16.875,96.
Neste ano, o consumo da população residente na área rural chegará a R$ 199,5 bilhões, significando uma participação de 6,6% na economia nacional. Serão 29,6 milhões de pessoas, representando R$ 6.737,46 por habitante.
Maior desempenho – O IPC Maps de 2013 revela que tanto as classes B como a classe média vêm respondendo cada uma, em qualquer análise e a exemplo do ano anterior, pela metade de tudo o que é consumido no País, observa Pazzini. A classe B (segmentada em B1 e B2) ainda é a que apresenta maior poder de compra e crescimento entre os brasileiros. Responde isoladamente por R$ 1,359 trilhão, chegando a representar 48,5% do consumo nacional, neste ano. Em 2012 a participação da classe B foi ligeiramente superior a 50%. A população desta categoria compreende o universo de 16,2 milhões de domicílios familiares, ou 32% dos existentes no País. Os dados ainda apresentam um crescimento de 6,6% a mais em valor, contra os 15 milhões de domicílios registrados no ano passado. (gráficos IPC Maps 2013, em anexo, com o Retrato do Brasil).
Se a análise for pela ótica da nova classe média, que se identifica pela proximidade e migração entre as classes B2 e C1, o IPC Maps 2013 estima que este agrupamento social puxe uma fatia de 43% do consumo nacional. Basta verificar que ele soma os R$ 685,9 bilhões, da classe B2, com os R$ 518,760 bilhões da classe C1, ampliando o poder de compra da classe média para R$ 1,205 trilhão, numa faixa populacional de 24,4 milhões de domicílios familiares = 48,2% dos domicílios brasileiros em 2013. Em 2012, os dados do IPC Maps pontuavam que os desembolsos da classe média eram de R$ 1,089 trilhão, com 24 milhões de domicílios.
A classe A que se situa no topo da pirâmide social demonstra expansão nos gastos, chegando a R$ 539,6 bilhões (19,3% do País), com 4,6% de domicílios brasileiros (cerca de 2,33 milhões). A exemplo da classe média, esta categoria se caracteriza pela similaridade com a classe B1, com seus R$ 673,2 bilhões de consumo, que somados ultrapassam a marca de outro R$ 1,212 trilhão, perfazendo 7,5 milhões de domicílios. No ano passado, os valores foram de R$ 1,110 bilhão, com 7,3 milhões de domicílios.
Mobilidade social – A classe D sinaliza uma projeção de consumo da ordem de R$ 116,7 milhões (10% mais que 2012), com menos domicílios familiares – cerca de 7,068 milhões contra os 7,1 milhões registrados em 2012, confirmando um processo migratório ante o resultado das demais categorias. Tal constatação se aplica à classe E, com menor consumo 3,509 milhões, em 368 mil domicílios – contra os R$ 3,596 milhões consumidos no ano passado, nos 374 mil domicílios verificados.
Cenário Regional – A região Sudeste lidera o ranking do consumo nacional, com uma participação de 50,5% em 2013, ante os 50,4% obtidos em 2012. A região Nordeste continua em crescimento representando uma fatia de 18,2%, ante os 17,7% registrados no ano passado. O Sul do País se mantém na terceira posição com uma fatia de consumo da ordem de 16,9%, menor que o registrado no ano passado, que foi de 17,5%. Centro Oeste e Norte mantém o patamar das projeções de consumo do ano anterior, 8,59 e 5,78, respectivamente para 2013.
Interiorização estabilizada – Entre as inúmeras variáveis do cenário nacional, o IPC Maps 2013 indica a interrupção do processo de perda de participação das 27 capitais no potencial de consumo, revertendo ligeiramente a tendência descentralizadora do consumo para o interior. A participação das capitais em 2013 será de 32,9%, ante os 32,5% registrados em 2012. Em valor, a participação das 27 capitais brasileiras se aproxima de R$ 1 trilhão ( R$ 989,5 bilhões). Já os demais municípios brasileiros, que participaram em 2012 de 67,5% do consumo brasileiro, responderão em 2013 por 67,1% = R$ 2,0 trilhões.
50 maiores – Os 50 maiores municípios brasileiros responderão por 43,33% do consumo nacional, em 2013, revelando um ligeiro aumento sobre os 43,30% registrados no ano passado. No topo do ranking, destacam-se quatro principais mercados: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – devido ao fortalecimento do potencial de consumo da classe A e crescimento da classe C.
O maior mercado continua sendo São Paulo, respondendo por 9,24% do total do consumo nacional, seguido pelo Rio de Janeiro, com 5,26% – ante os 8,68% e 4,98%, respectivamente verificados em 2012. Brasília ganhou participação no período, mantendo-se na 3ª posição, com o índice de 2,251% (contra os 2,248% registrados no ano passado). Na 4ª posição, Belo Horizonte é outro destaque positivo, subiu para 2,02% sua participação ante o consumo de 1,94% de 2012.
Salvador passou Curitiba, ocupando a 5ª posição, evidenciando a força do potencial de consumo da região Nordeste. Curitiba (6ª posição) e Porto Alegre (7ª posição) perderam participação no potencial de consumo entre 2012 e 2013. Nas posições seguintes, apenas Fortaleza (8ª posição) ganhou potencial de consumo entre 2012 e 2013, Goiânia (9ª posição) e Recife (10ª posição) perderam participação no potencial de consumo nacional.
Por esse ranking, o IPC Maps 2013 constata ainda que os 11 primeiras maiores mercados consumidores são predominantes nas Capitais dos Estados. (gráfico dos 50 maiores, em anexo, ou os 500 maiores municípios no sitewww.ipcbr.com).
Para onde vão os gastos – Através do IPC Maps é possível detectar o perfil dos consumidores por classe econômica e onde gastarão seu dinheiro. Os itens básicos liderarão os gastos, como manutenção do lar , que incorporam despesas com aluguéis, impostos e taxas, luz-água-gás (25,5%), alimentação (16,9% sendo 10,5% no domicílio e 5,2% fora dele e bebidas 1,1%), saúde, medicamentos, higiene pessoal e limpeza (8,6%), transportes (7,5%, sendo 5% veiculo próprio e transporte urbano 2,5%), materiais de construção (5,1%), vestuário e calcados (4,7%), seguidos de recreação e viagens (3,5%), educação (2,5%), eletrônicos-equipamentos (2,2%), móveis e artigos do lar (1,8%), e fumo (0,5%). Gráfico específico, em anexo
Faixas etárias – O viés do consumidor mostra que a sociedade brasileira conta atualmente com 165,5 milhões de pessoas na área urbana – exatos 91,5 milhões, na faixa etária dos 20 aos 49 anos economicamente ativa –, e outros 43,2 milhões já estão com 50 anos ou mais. A população de jovens e adolescentes vem em seguida, com uma população de 33,6 milhões de pessoas na faixa etária de 10 a 19 anos. A população infantil, compreendida pelas faixas etárias de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos indica 27,4 milhões de crianças e adolescentes em 2013, correspondente a 14% da população estimada para 2013.
Setores da Economia x população – Em 2013, o Brasil conta com 15,2 milhões de empresas. A maior quantidade está na região Sudeste, onde se encontram pouco mais de 49% das empresas brasileiras, totalizando 7.506.756 unidades instaladas. A região Sul desponta em 2º lugar, com participação de quase 19% (2.875.348 unidades), onde há maior quantidade de empresas por habitante: é uma empresa para cada 9,7 habitantes, enquanto na região Norte há uma empresa para cada 20 habitantes. O IPC Maps 2013 permite, ainda, análise setorial da economia com a apresentação dos segmentos empresariais por localidade segundo o principal ramo de atividade, ou seja, Indústria, Comércio, Serviços e Agribusiness. – há gráfico específico.
O IPC Maps 2013 permite, ainda, análise setorial da economia com a apresentação dos segmentos empresariais por localidade segundo o principal ramo de atividade, ou seja, Indústria, Comércio, Serviços e Agribusiness. – gráficos específicos: “Retrato do Brasil/Faixa Etária”, “Como o brasileiro gastará seu dinheiro”, “Crescimento populacional X Empresas”,
Retrato em nºs – Além destes destaques, o banco de dados do IPC Maps 2013 revela informações através de softwares de geoprocessamento, oferecendo um perfil de cada uma das 5.565 cidades brasileiras e detalhes dos distritos de 21 capitais e principais cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belém, Maceió, Natal, Recife, Vitória, Cuiabá, Campo Grande, Florianópolis, Porto Alegre, Manaus, Goiânia, Campinas, São José dos Campos e São José do Rio Preto). Tais cidades contam com a segmentação por ramo de atividade, incluindo quantidade e tipo de empresas, indústrias, serviços (saúde, agências bancárias, educação, etc.), agronegócios, comércio – varejista e atacadista, por exemplo, além de informações demográficas e o potencial de consumo da população local.
Por: IPC