A gestão de um e-commerce nunca se mostrou tão desafiadora. Entretanto, o e-commerce é um canal democrático, responsável por abrir espaço para diversos outros setores.
Com o avanço das plataformas de venda online e aumento de consumidores exigentes, a indústria enfrenta o desafio complexo de redesenhar a sua estratégia. Esse modelo de negócio é conhecido por D2C (Direct to Consumer ou DCT).
Grandes empresas, como a Nestlé e Grupo Unilever, estão investindo em estratégias D2C. De acordo com pesquisas recentes do mercado, 87% das indústrias consideram o D2C altamente relevante tanto para o produto quanto para os consumidores. Não à toa, aproximadamente metade delas (47%) está utilizando esse canal para aumentar seus lucros.
O que é o D2C: estratégia que está revolucionando o e-commerce e a logística
Não podemos desconsiderar que termos como B2B (Business to Business) e B2C (Business to Consumer) já estão consolidados no mercado. Agora, é a hora de ficarmos atentos ao D2C (Direct to Consumer), o novo conceito de vendas que também tem gerado bons resultados.
D2C trata-se de negócios e transações realizadas diretamente entre indústria, e o consumidor final. Esse modelo de negócio é responsável por impulsionar a estruturação de logística sem intermediários. Lembrando que as estratégias D2C ganharam força por meio do e-commerce. Afinal, facilitou a relação direta com o cliente, sem a necessidade de investimento no middle, como franquias, lojas físicas, distribuidores.
A partir do uso de ferramentas oferecidas pelo comércio eletrônico, as indústrias conseguem mensurar dados e compreender os hábitos e desejos do consumidor, transformando-os em um importante diferencial competitivo. Além disso, elas conseguem aumentar o marketshare, disponibilizando aos consumidores modernos mais de um canal de vendas, ou seja, experiências de compra diversificadas.
Principais impactos ao estruturar a logística a partir do D2C
Os consumidores têm melhor experiência de compra
Ao controlar o fluxo de distribuição por completo, os fabricantes têm mais condições de oferecer uma experiência de compra única aos seus consumidores. Uma vez que esses consumidores estão mais exigentes, o D2C evita falhas no elo entre sua empresa e o cliente.
Relacionamento mais próximo com o consumidor final
Entender as necessidades do cliente é o primeiro passo para satisfazê-lo, principalmente nos tempos modernos. Ao ter essa aproximação é possível estruturar ações e estratégias para alavancar as vendas, como lançamentos e promoções.
Melhor posicionamento da marca
A venda direta sem intermediários permite evitar visões errôneas da marca desencadeadas por uma experiência ruim de compra no varejo online.
Aumento da receita
Aplicando as melhores táticas de vendas no D2C, as empresas podem alavancar as suas vendas, tendo uma fonte adicional de receita, como é o caso do aumento no lucro de grandes empresas como a Nike.
Otimização da performance
A partir do feedback dos clientes, é possível aprimorar de maneira constante a performance, sendo ainda mais assertivo.
D2C: por que a indústria está atraída pelo e-commerce?
Segundo especialistas, os consumidores modernos andam com uma loja no bolso. Parece uma afirmação simplória, entretanto, isso significa que lojas são facilmente acessadas pelo mundo digital através de smartphones, sem precisarem passar por revendedores ou distribuidoras. Trata-se aqui, claramente, do D2C (direto ao consumidor).
As estratégias de D2C são direcionadas para indústrias que visam coletar dados sobre os consumidores e aumentar as margens de lucro. Para a logística, este modelo de negócio irá favorecer o setor no Brasil, sobretudo a partir das oportunidades de negócios no Transporte. Afinal, indústrias devem estar cada vez mais atentas à logística para e-commerce, ou seja, no consumidor final.
No Brasil, muitos e-commerces já trabalham com fretes fracionados, mas não estão acostumadas a fazer envios. Entretanto, as empresas que têm os seus centros de distribuição podem contar com estoque próprio. Assim, ao optar por ter uma empresa parceira para realizar os envios das compras realizadas na internet poderá reduzir os custos da indústria, a partir da contratação de operadores logísticos especializados em fullfilment, ou seja, quando toda a comercialização de produtos online é terceirizada.
Fulfillment aposta no D2C
Fulfillment trata-se de um conjunto de operações e atividades que são realizadas desde o recebimento do pedido no e-commerce até a entrega do produto. Dentro deste recurso é possível referenciar alguns processos como o recebimento, armazenamento, picking (separação e preparação de pedidos), embalagem do produto, faturamento e expedição.
Entretanto, esses processos quando somados podem representar uma fatia muito importante no total de custos de uma operação virtual. Por exemplo, no e-commerce, se o lojista envia produtos a mais no pedido sem conferência, o que pode ocorrer são grandes perdas financeiras. No entanto, grandes players escolhem por terceirizar essas atividades com empresas especializadas em full-commerce.
O modelo fullfilment ocorre quando há uma parceria a partir da terceirização de toda parte de planejamento, consultoria, criação, gestão, operação, segurança digital, meios de pagamento e análises de resultados do comércio eletrônico do seu negócio. Este método possibilita uma visão total de todo o cenário, através dos instrumentos disponíveis e adequados. Por isso serão adotadas as melhores práticas, direcionando todo o funcionamento para soluções ágeis e inteligentes — do mesmo modo que irá auxiliar na comunicação entre empresa e mercado. A implementação da logística fulfillment garante que os custos sejam reduzidos e lucros aumentem.
Outro destaque está no uso de ferramentas de apoio à gestão, que garantem a operação de fulfillment otimizada. Tecnologia é a palavra na ordem do dia para qualquer negócio de sucesso, independentemente do setor. Softwares como ERPs, WMS, TMS, entre outros, são essenciais para organização da operação quando existe um fluxo significativo nos negócios.
Para concluir, o D2C é uma estratégia de negócio que, além de lucros, tem gerado resultados positivos ainda mais amplos para e-commerces, indústrias e setor logístico.