À medida que são reduzidas as restrições decorrentes da pandemia da Covid-19, muitas empresas voltam a solicitar o trabalho presencial de seus funcionários. São pessoas que não mais estarão disponíveis em suas casas para receber os produtos que compram pela internet.
Como farão?
O segundo endereço seria, naturalmente, o do escritório, onde, em tese, a pessoa cumprirá boa parte do seu dia. Mas há uma série de aspectos negativos que acabam por tornar inadequada a entrega de encomendas pessoais no ambiente de trabalho.
Para começar, temos um dado da pesquisa feita nos Estados Unidos pela Morning Consult para a Pitney Bowes: dos 2.200 americanos entrevistados, 49% declararam não gostar que outras pessoas vejam os pacotes que pedem. Entre os millenials (a geração de 25 a 40 anos, maioria nos ambientes corporativos), o percentual dos que querem discrição é maior: 57%. A pesquisa considerou pessoas em qualquer ambiente: se o corte fosse referente apenas ao ambiente de trabalho, certamente o percentual seria ainda mais significativo.
Agora imaginemos o funcionário numa reunião, tendo que pedir para se ausentar por alguns minutos para receber uma encomenda particular. Ou imerso em cálculos para uma planilha orçamentária… Qualquer que seja a atividade a que esteja dedicado, ela terá que ser interrompida.
É claro que os pacotes podem ser recebidos na recepção. Mas, pergunto: é função de um recepcionista manejar encomendas particulares? Isso significa receber e se incumbir da guarda e do encaminhamento ao destinatário final. A empresa assumirá essa responsabilidade? Com o aumento nas compras digitais, o volume de encomendas pessoais dos funcionários poderá ser bem maior que o volume de correspondências e produtos da empresa ou relacionados aos negócios.
O estudo da Morning Consult mostra que um em cada cinco americanos prefere receber pacotes no local de trabalho do que em casa. Considerada apenas a geração do milênio, a preferência é de mais de 30%.
Fica fácil imaginar a pilha de pacotes na recepção das empresas. Ou as caixas de eletrodomésticos, sacolas de boutiques e mercados disputando espaços com as pastas e documentos de trabalho nas mesas dos funcionários.
Não é o que se propõe, certamente. A própria pesquisa aponta a tendência: 54% dos entrevistados disseram que usarão os armários inteligentes para a retirada de pacotes no escritório e 67% deles escolheriam os smart lockers para os pedidos online mais caros.
Adaptações no escritório para o pós-pandemia
As empresas farão mudanças nos locais de trabalho para receber os seus funcionários após a pandemia e garantir a eles saúde, segurança e conveniência.
Os armários inteligentes se encaixam nestas mudanças – o empregador pode optar pela solução do e-box para as próprias encomendas da empresa e documentos relacionados aos negócios e também para que seus funcionários tenham a conveniência de receber e guardar seus pacotes pessoais.
Da mesma forma como os funcionários se adaptaram e levaram o trabalho para suas casas durante a pandemia, no retorno ao escritório, a empresa é que terá que acolher os novos hábitos de seus funcionários – e os pedidos diários online estão entre eles.
A flexibilidade será a característica das empresas do futuro. Os seus smart lockers poderão ser adaptados conforme a demanda de uso comercial ou particular dos funcionários.
Vantagem para o e-commerce
Para os varejistas, contar com mais essa opção de entrega significa ter mais chances de efetivar as compras de seus clientes. Se eles não estão em casa para receber e não podem atender o entregador no ambiente de trabalho, haverá a alternativa prática da coleta no e-box do escritório.
Além de oferecer mais uma alternativa ao cliente, o e-commerce também tem favorecida a logística de entrega, pois edifícios comerciais em geral estão localizados em pontos de mais fácil acesso. E estarão concentradas nestes locais entregas de vários pacotes.
Kerry Caylor, vice-presidente da Pitney Bowes, já havia dito que “os armários inteligentes oferecem uma experiência segura e sem toque, que é eficiente para as organizações e agradável para os usuários”. E, assim sendo, acrescento: essencial para o e-commerce.