O setor de logística está em seu ápice, com a gigantesca movimentação do e-commerce mundial. Ao mesmo tempo, a área encara sua mais radical transformação digital. As previsões são que de que este mercado global valerá R$ 15,5 trilhões em 2023, com a movimentação de mais de 92 bilhões de toneladas de mercadorias, segundo pesquisa da Transparency Market Research
Isto se deve a um volume crescente de novos modelos de negócios baseados em inovadoras soluções tecnológicas, como os smart lockers. Elas pipocam a todo momento, criadas tanto por gigantes, como a Amazon, como por uma infinidade de startups em todo o mundo. A logística do dia de hoje não é igual à de amanhã e é fundamental convivermos bem com esse nível altíssimo de impermanência.
Tendências da logística
Sabemos, é claro, que essa mudança sem precedentes foi provocada pelas mudanças comportamentais originadas pela pandemia da Covid-19. A mesma catástrofe sanitária global que exigiu a evolução da forma tradicional de fazer logística, trouxe também novas oportunidades para as empresas do setor. Estima-se que, nos próximos cinco a dez anos, o efeito das restrições que o mundo todo enfrenta hoje será de uma nova onda de transformação para o setor de logística alimentado por ecossistemas digitais.
Para o International Data Corporation (IDC) , em 2023, 25% das organizações enviarão cargas usando uma plataforma de ecossistema independente habilitada para SaaS (Software As a Service), o que resultará em mais eficiência no envio de cargas e redução de custos. Vale relembrar que um ecossistema digital é uma rede formada por um proprietário de software e fornecedores, clientes e especialistas; ela é a base para projetos de novos modelos de negócios e adaptação de modelos de negócios existentes para futuros negócios multifacetados.
Entre as principais tendências para o setor de logística alimentado por esses ecossistemas digitais, estão:
Destaque para a inovação
Grandes somas de capital de risco e capital privado foram levantadas por startups que oferecem serviços inovadores de entrega de última milha para varejistas e pessoas físicas, como, por exemplo, as startups de smart lockers. De acordo com a McKinsey, empresa de consultoria empresarial americana, esse montante já alcançou mais de US$ 11 bilhões na pandemia.
O movimento tem sacudido provedores de logística tradicionais como o FedEx, a gigante UPS e o serviço postal oficial dos Estados Unidos,o USPS, por exemplo. Afinal,a expectativa é de que o volume de encomendas chegue a 6,5 bilhões de pacotes apenas para a Amazon Logistics até 2022. O Alibaba, por sua vez, já deixou claro seu objetivo de construir uma rede de logística global. “Mamutes” da logística se movimentam rapidamente para continuar abocanhando um bom pedaço desse negócio que cresce exponencialmente.
Logística Sustentável
As crescentes emissões de Co2, poluição sonora e resíduos gerados pela logística global têm voltado os holofotes para as responsabilidades ambientais do setor de logística. De acordo com Frank Appel, CEO da DHL, a sustentabilidade é uma questão essencial para a logística. De novo, os smart lockers aparecem aqui como uma solução extremamente consonante com a necessidade de uma logística verde, ao possibilitar a consolidação de cargas e com isso reduzir em até 95% a emissão de gases de efeito estufa por pacote transportado na última milha.
Logística como serviço (LaaS)
Por fim, a logística tornou-se uma capacidade vital para as empresas e tem custos altos. Organizações inteligentes têm aumentado significativamente seus orçamentos para terceirização das operações logísticas. Só assim podem se atualizar rapidamente em vez de criar seus próprios recursos.
Profissionais do e-commerce e da logística precisam acompanhar a evolução das tendências para melhor escolha nas tomadas de decisão. Estamos em velocidade máxima e, quanto mais leves formos, mais rápido nos movimentaremos.