Uma pesquisa realizada pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), em parceria com o IDC Brasil, no final do ano passado, apontou que o mercado de software nacional foi responsável por uma receita de US$ 6,3 bilhões em 2011, o que apresentou um crescimento de 14,9% na comparação anual, representando para o país uma participação de 1,1% no mercado mundial.
Além disso, esse crescimento esteve acima da média mundial, o que garantiu à indústria brasileira de software e serviços de TI subir da 11ª para a 10ª posição no ranking internacional de mercados de software e serviços.
E, nesse cenário, o que vem ganhando cada vez mais destaque são os softwares personalizados. Criados sob demanda específica para empresas e nichos, essas plataformas atendem a diversas necessidades, desde gestão empresarial focada até um simples sistema para cadastro e serviços.
A verdade é que a criação dessas soluções requer transpor inúmeros desafios impostos às chamadas Software Houses. Essas empresas são responsáveis por projetar, desenvolver e ainda fazer a manutenção das soluções.
A partir daí, dentre esses desafios, o maior deles é o conhecimento profundo, seja do cliente ou do segmento no qual o software irá atuar. Para isso, são essenciais dois pontos: usuários-chave e imersão do desenvolvedor.
No primeiro, seja o próprio cliente ou alguém de confiança que conheça todos os processos da empresa, o envolvimento no planejamento e execução do sistema é fundamental para que atenda as necessidades pelas quais o software está sendo desenvolvido.
A participação do cliente em todos os pontos do desenvolvimento, não somente no período do teste, leva maior clareza a software house, inclusive, evitando, assim, eventuais equívocos na criação dos processos em que o sistema deverá atuar.
Já o segundo ponto abrange o quão importante é que a software house e seus desenvolvedores entrem e conheçam a rotina do cliente, identificando os principais processos e a gestão da companhia. Quanto mais informações sobre o cliente e seu ambiente o desenvolvedor obtiver, melhor será a propriedade com que ele saberá o porquê da criação de cada parte do software.
Afinal, o grande objetivo da célula de fábrica de software é atender os clientes que têm uma característica própria e que não encontram software pronto no mercado. E, dessa forma, quanto maior o conhecimento, melhor.