Não é novidade que o e-commerce é um dos setores com maior crescimento em nossa economia e os números mostram isso com clareza. Em 2011, quando o E-bit passou a monitorar os resultados, o setor movimentava R$18,7 bi. No ano seguinte, alcançou a marca de R$22,5 b. Já em 2013, passou a R$28,8 bi.
O crescimento não parou por aí, o faturamento em 2013, 2014 e 2015 foi de R$28,8, R$35,8 e R$41,3 bilhões respectivamente. Um mercado que, em cerca de cinco anos, mais que duplicou de tamanho – e as perspectivas ainda são de crescimento para os próximos anos.
Olhando mais fundo para o e-commerce, é possível notar um movimento – nem tão novo assim – que tem levado as empresas do setor a um outro momento, com resultados exponenciais. Estamos falando do marketplace. Até outubro do ano passado, quase 20% da ofertas de uma loja virtual já vinham sendo feitas por meio desse modelo – e o número de ofertas continua crescendo…
À medida que o e-commerce cresce, maior tende a ser a ascensão do marketplace. Do ponto de vista dos grandes varejistas, que adotam esse tipo de modelo, é a chance de aumentar a quantidade do sortimento e atrair novos públicos para suas lojas e, com isso, fazer mais vendas, ampliando a rentabilidade e diminuindo as rupturas. Para os sellers – nome dado aos vendedores que atuam dentro dos marketplaces – é a oportunidade de exibirem seus produtos para uma quantidade muito maior de clientes, vide que vão comercializá-los por meio de marcas consolidadas e conhecidas do grande público. Para o cliente então nem se fala: ele vai encontrar em um mesmo canal vários produtos e, em uma única compra – com as mesmas condições da loja âncora – poderá adquirir vários itens.
O processo é muito claro: o lojista se cadastra, passa por uma aprovação, pelo contrato e realiza a integração – que é simples (mais simples ainda com um integrador) ou a opera manualmente, caso prefira.
As vendas vão surgir como mágica, sem que o lojista tenha que olhar para a gestão da loja virtual? Não, e se alguém te prometer isso, desconfie!
O marketplace será uma excelente oportunidade de aumentar as vendas, mas é preciso manter um nível de organização e se preparar para isso. O primeiro passo é alinhar as expectativas. Por exemplo, se o seu produto for único e o cliente fizer a busca por ele, certamente você irá “navegar em águas calmas”, ou seja, sem concorrência direta. Mas, se seu produto for um item que também é comercializado por outros sellers, será preciso se destacar para conseguir espaço dentro da buybox – espaço onde é dado devido destaque aos vendedores daquele produto.
Para alcançar esse espaço existem regras automatizadas, ou seja, sem interação humana, que tornam o processo mais justo, dependendo apenas do desempenho do seller.
Além de alinhar as expectativas e entender o cenário que o aguarda, o vendedor deve evitar alguns erros comuns no processo de integração e gestão da loja com o marketplace.
O principal ponto de atenção deve ocorrer na escolha do marketplace. Nesse momento é preciso ser estratégico e entender se o e-commerce escolhido é a melhor plataforma de venda para os itens que você comercializa. Uma opção pode ser começar por um espaço mais aderente ao seu nicho e, no futuro, entrar nos demais, conforme estiver estruturado para gerenciar vários canais.
Também é preciso diversificar o sortimento de produtos, evitando explorar apenas itens comuns ou que você acredita ter mais saída.
Lembra-se quando falamos da existência da buybox? Pois bem, existem critérios para sua loja virtual fazer parte dela, além de preço competitivo (fator muito importante) é preciso ter bom frete e uma boa nota de avaliação dos consumidores. Por isso, quanto mais itens estiverem sendo comercializados, maiores as chances de venda e avaliação positiva – o que pode criar uma bola de neve positiva. Você vende, tem mais avaliações, consegue a nota média para se destacar na buybox e fica mais visível ao consumidor, o que vai gerar ainda mais conversões.
Seguindo alguns cuidados básicos, existem chances reais de sua loja virtual aproveitar apenas as vantagens de estar em marketplaces.