A pesquisa “Perfil do E-Commerce no Brasil”, encomendada pelo PayPal à Big Data, a partir do monitoramento automatizado dos sites brasileiros, revela que o comércio eletrônico brasileiro é composto de 450 mil e-commerces ativos.
Este é o total de sites que responderam a cliques em 1º. de março, data do último monitoramento automatizado realizado pela empresa de pesquisa. A esmagadora maioria desses e-commerces – 81% – baseia-se em um modelo de comércio focado, que oferece ao consumidor até dez produtos.
“De forma geral, podemos afirmar que boa parte do e-commerce brasileiro é marcada pelo empreendedorismo. Ele abrange muitas pequenas empresas e artesãos que se beneficiam do baixo custo de entrada para montar suas lojas online”, informa Thoran Rodrigues, sócio-fundador e CEO da BigData Corp, que conduziu a pesquisa.
Do total pesquisado, apenas 15% dos sites de e-commerce contam com endereços de lojas físicas. Os demais 85% são negócios que só existem na web. O dado é um indício da facilidade de se abrir um negócio online, uma vez que é possível abrir um comércio eletrônico com ferramentas gratuitas. Segundo o levantamento, perto de 40% dos sites já usam algum tipo de intermediador de pagamentos ou de uma carteira virtual.
A pesquisa “Perfil do E-Commerce no Brasil”, revela, ainda, a alta concentração geográfica do comércio online do País: metade dos sites é formada por empresas baseadas em São Paulo. Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro têm perto de 7% cada.
Em boa parte, o “varejo.com” brasileiro é representado por pequenos sites. 88% deles recebem até 10 mil visitas mensais; 11% recebem entre 10 mil e 500 mil visitas mensais. Menos de 1% supera a marca de meio milhão de visitas por mês.
Aspectos técnicos
Os Estados Unidos são o país em que mais sites do e-commerce brasileiro estão hospedados. Isto é válido para 45,25% dos casos. Já, 28,5% estão em servidores no Brasil; e o restante em outros países. Quando o assunto é a plataforma escolhida, 44,03% optam por soluções proprietárias; 14,62%, por soluções abertas e gratuitas. Impressiona a parcela de 41,35% que trabalham com soluções criadas por desenvolvedores independentes.
Os dados em questão datam de 1º de março. A metodologia usada faz buscas automatizadas, conduzidas semanalmente para a extração de informações, que são submetidas a modelos de classificação e, na fase seguinte, validadas.
(*) Dados da pesquisa encomendada à IPSOS pelo PayPal, divulgada em novembro de 2014.