Se havia alguma dúvida sobre um e-commerce marcar presença ou não dentro dos superapps, Wanderlucio Andrade, Partnership Manager do PagSeguro, acabou de tirar. Isso porque, segundo ele, o Pagbank, lançado em março de 2019, transacionou nada menos do que R$ 8,7 bilhões no período de um ano, com quase 4 milhões de usuários ativos. “Isso só foi alcançado porque entendemos suas experiências e as trouxemos para dentro da plataforma. Com essa simplificação e toda a segurança do superapp, o usuário viu os benefícios de estar ali”, disse Andrade no palco do evento The Future of E-commerce – Payments.
Ambiente agnóstico
Para Andrade, o Brasil tem um potencial enorme aos superapps, que certamente cairão muito bem ao e-commerce. Isso porque o ambiente da plataforma traz mais segurança da informação e da conta para as duas partes. “Ele ficou ainda mais importante devido ao volume de dados acrescidos nesse momento de pandemia”, lembrou. Ainda assim, “as funções devem ser pensadas de forma agnóstica, uma vez que dentro da ferramenta haverá perfis de todos os tipos de público”.
Outro ponto levantado por Andrade sobre a presença dos superapps no e-commerce é o avanço das e-wallets no país. “Já temos 11% de transações realizadas via carteiras digitais aqui. A pandemia acelerou a tecnologia no país e retirou os receios que as pessoas tinham em utilizar comércio virtual, inclusive em fazer compra em um supermercados online. A tendência dos superapps será ganhar cada vez mais território, e as empresas se adaptarão a isso”.
Para trabalhar com essas novas carteiras, a empresa não deve ter somente um finalizador de pagamento, mas a opção que o cliente desejar — ou seja, um hub que ofereça todas essas possibilidades. “Se eu deixar só o pagamento com crédito, eu deixo de trazer o valor do saldo, do QR Code… Enfim, um mundo de outras possibilidades para a pessoa pagar. E o superapp possibilita o pagamento com diferentes formas de pagamento. Se o e-commerce está dentro dele, terá mais chances de converter”, afirmou Andrade, mencionando que no Alipay (carteira digital do Alibaba), por exemplo, o usuário consegue até chamar um Uber sem sair da plataforma.
Superapps e a redução de custos ao e-commerce
Um dos pontos levantado por Andrade foi sobre a ferramenta quebrar a barreiras entre consumidor e plataforma no sentido de facilitar o pagamento. Para ele, ao trazer o e-commerce para dentro do superapp, o lojista terá a possibilidade (na finalização da compra) de receber por uma infinidade de opções. Além disso, uma vantagem dos superapps está da redução de custos de transação e chargeback, uma vez que há mais segurança nesse ecossistema.
Outro ponto está no alcance das vendas, pois os superapps já possuem uma cartela enorme de clientes. “O Pagseguro, por exemplo, possui uma base de 5 milhões de usuários. As carteiras digitais estão cada vez mais no dia a dia das pessoas, outra questão que aumenta a segurança para o e-commerce. Um cliente que possui uma carteira digital precisa passar por diversas travas de segurança do Bacen, e isso já elimina usuários mal-intencionados, por exemplo. Posso afirmar, inclusive, que o QR Code substituirá o pagamento de débito. Não tão logo, pois o Brasil tem dimensões continentais. Mas isso certamente ocorrerá um dia”, finalizou.
Por Giuliano Gonçalves, via Redação do E-Commerce Brasil.