Todos sabemos que não existe nada que seja 100% seguro, muito menos em cyber, mas podemos estabelecer uma confiança zero?
A pandemia de COVID-19 acelerou alguns processos em todas as empresas e organizações e, uma delas, foi que uma grande porcentagem da população de usuários fez a transição para trabalhar em casa. Isso nos obrigou a um maior uso de conectividade remota. Nesse ambiente e no “novo normal”, as organizações tiveram que colocar em prática, da noite para o dia, planos para tornar aplicativos ou serviços acessíveis pela Internet de forma segura.
Mas como garantir que, quem está do outro lado é quem deveria ter acesso às informações e, está fazendo esse acesso de forma adequada, não está vazando dados e está seguindo as políticas de segurança e privacidade?
Assim, a adoção da arquitetura de Zero Trust (“confiança zero”) foi impulsionada, no advento da pandemia, pela necessidade de se aplicar políticas de segurança de informação efetivas em um ambiente com uma alta permissividade.
Entenda o conceito de Zero Trust
O Zero Trust é uma estratégia de segurança de redes baseada na filosofia de que nenhuma pessoa e nenhum dispositivo, dentro ou fora da rede, deve receber acesso para se conectar a sistemas (workloads) de TI, a menos que seja explicitamente necessário.
Com efeito, alguns itens dessa estratégia vêm de conceitos de segurança de informação que deveriam estar aplicados desde muito tempo, como o acesso com mínimo privilégio.
As diversas ondas de ataques de ransomware e ataques na cadeia de fornecimento, antes que a pandemia assolasse o mundo, já fizeram com que as organizações adotassem algumas políticas e medidas.
A Forrester, que criou o conceito do Zero Trust em 2010, em contraposição ao modelo de segurança tradicional baseado em perímetro e na premissa de “confiar, mas verificar”. O Zero Trust diz que “nunca confie, sempre verifique”. Esse modelo constrói segurança em torno de cada um dos principais recursos e entidades de uma organização: dados, redes, dispositivos, sistemas, aplicações e pessoas.
De fato, tecnologias de segurança aplicáveis ao Zero Trust, como o NAC (Network Access Control) já existem há quase duas décadas, e uma nova geração de suas ferramentas vem ajudando as organizações a enfrentarem as superfícies de ataque que vivem em constante mutação.
Como o Zero Trust é arquitetado
Os modelos de segurança Zero Trust não são apenas uma alternativa melhor às defesas tradicionais baseadas em perímetro, mas, especialmente devido à mudança para o trabalho remoto, a superfície de ataque sofreu grande expansão.
Embora a transição para o Zero Trust seja uma jornada multifacetada que pode se estender por muitos anos, a arquitetura aborda com eficiência os desafios de segurança enfrentados pelas empresas modernas. A implementação do Zero Trust resultaria em uma mudança notável na maneira como os usuários acessam o ambiente corporativo da empresa, com isso é importante criar uma abordagem em camadas para proteger os dados corporativos e os dados dos clientes.
Para proteger os dados dos usuários e aumentar o nível de segurança o Zero Trust não lança mão apenas de ferramentas e tecnologias, mas da adoção de uma abordagem de verificação de identidades, dispositivos e acessos.
A importância da Confiança Zero para a segurança dos dados
É importante lembrar que não existem exageros em segurança da informação. Os ambientes de TI estão sujeitos com maior intensidade a um fluxo constante de ameaças e as organizações devem manter um monitoramento rigoroso para buscar sempre a difícil missão de estar um passo à frente das vulnerabilidades.
Para saber se a abordagem Zero Trust é o que você deve seguir como política para incrementar o nível e maturidade de segurança na sua organização, pergunte-se se a sua empresa está atualmente seguindo os princípios do conceito Zero Trust. Caso você ainda tenha dúvida sobre a adoção de uma política de confiança zero para alcançar um aumento da segurança como uma solução mais confiável, é importante considerar que, mesmo que seus usuários tenham as melhores das intenções, os dispositivos com os quais eles acessam sua infraestrutura de trabalho, podem estar vulneráveis, principalmente se considerarmos o uso de BYOD e ambientes virtualizados ou cloud.
A First Tech pode ajudar na estratégia de adoção e ganho de maturidade para o Zero Trust e demais necessidades de cibersegurança. Entre em contato.