O Correios informou, nesta quarta-feira (22), que funcionários de algumas regiões estudam iniciar greve a partir de 23 de novembro, às vésperas do início da Black Friday. A principal motivação seria a recusa da federação em adicionar R$ 250 ao salário base da categoria.
Em termos práticos, a paralisação pode representar 40% do efetivo nacional dos Correios e 60% do fluxo postal nacional.
A decisão é avaliada pelos sindicatos de São Paulo e Bauru (SP), além de estados representados Findect, como Maranhão, Rio de Janeiro e Tocantins. Destes, somente o último já aprovou a greve.
O comunicado da empresa enviada à imprensa reforça a recusa do pagamento como assunto importante e central para a greve.
“Um ponto crucial é a não incorporação de 250 reais ao salário base, uma afronta direta aos trabalhadores que contradiz o que foi negociado na mesa de negociação coletiva. A proposta de pagamento desse montante em ‘passos’ não apresenta benefícios concretos e coloca em risco a estabilidade financeira da categoria”, diz a Findect.
Outro ponto trazido pela entidade é uma bonificação de R$ 1,5 mil, que corre o risco de ser tributada e, na visão da Findect, pode agravar o prejuízo dos trabalhadores do Correios.