O cenário de luxo de segunda mão na China continental está mudando rapidamente à medida que as atitudes em relação aos bens usados evoluem e os jovens consumidores entram no mercado. Em 2021, os consumidores chineses gastaram cerca de US$ 73,6 bilhões em produtos de luxo no mercado interno. Portanto, um aumento maciço em relação aos US$ 53,6 bilhões gastos em lojas domésticas em 2020 e quase o dobro dos US$ 36,9 bilhões gastos no ano pré-pandemia de 2019.
Na China, os recentes bloqueios por conta da nova onda da Covid-19 desaceleraram os gastos de luxo no primeiro semestre de 2022. Além disso, o aumento de preços em marcas como Louis Vuitton, Celine e Chanel — assim como uma diferença de preços enorme entre a China continental e outros mercados de luxo importantes — podem dissuadir alguns consumidores interessados a reconsiderar suas compras pretendidas.
E-commerce de luxo de segunda mão na China
Diante de tudo isso, o e-commerce luxo de segunda mão cresce cada vez mais no país. Impulsionado em grande parte por consumidores mais jovens, principalmente millennials e cada vez mais a geração Z, o e-commerce de luxo de segunda mão na China continental está mudando rapidamente. Isso ocorre à medida que as atitudes em relação aos bens usados evoluem. Afinal, os consumidores chineses mais jovens estão muito mais abertos ao conceito de compra de luxo de segunda mão do que as gerações mais velhas. Além disso, interesse (ou, sem dúvida, sua preferência por) de comprar produtos de luxo online impulsionou um aumento acentuado no número de plataformas digitais que atendem a esse crescimento.
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Além menos resistentes à ideia de comprar bens de luxo de segunda mão, os jovens consumidores da China têm se mostrado bastante impacientes. Hoje, preferem “cortar a fila” e obter os itens de luxo que desejam imediatamente, ainda que forem de segunda mão. Para eles, não existe a possibilidade de entrar na lista de espera de uma marca ou, no caso de nomes como Hermès, ter a chance de comprar as melhores bolsas de uma marca em uma butique.
Se os jovens chineses permanecerem consumindo em plataformas de luxo de segunda mão em 2022, existe a esperança de um acordo para evitar aumentos de preços de marcas. Além disso, plataformas internacionais de venda de segunda mão deverão considerar pontos fortes se quiserem vender no mercado chinês. Duas maneiras pelas quais os players globais podem competir são enfatizando sua capacidade de obter do exterior e anunciando suas credenciais de autenticação (contra a falsificação). Isso porque plataformas chinesas que operam sob um modelo de consignação geralmente compram de vendedores baseados no país.
Ganha quem tiver o melhor serviço
Embora preço, autenticação confiável e estoque sejam, fundamentais para plataformas de luxo de segunda mão, o fator decisivo para os consumidores este ano pode ser quem fornece o melhor serviço. O maior problema enfrentado pelo desenvolvimento da indústria de comércio eletrônico de luxo é que os consumidores não têm “satisfação” ao gastar em plataformas de luxo de segunda mão. No fundo, os consumidores de luxo prestam mais atenção à experiência e ao serviço, assim como ao prazer espiritual sobre os desejos materiais. Ou seja, faz com que o consumo de luxo dependa naturalmente da experiência offline. Portanto, trata-se de um desejo complexo de se satisfazer via e-commerce. Portanto, o céu é o limite para a plataforma de e-commerce de luxo de segunda mão que ofereça a melhor experiência e atendimento pós-venda.
Fonte: Jing Daily
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