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Inteligência criativa e o uso de dados são destaques da digitalização

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Trabalhar com dados na concepção de peças criativas, ao invés de apenas na distribuição, pode potencializar seu alcance e trazer melhores resultados

Em um mundo extremamente digitalizado, no qual as pessoas estão recebendo estímulos a todo tempo, como chamar a atenção? Essa pergunta não tem resposta certa, mas a tendência parece passar pela inteligência criativa.

Ao menos, é o que defende Camilo Barros, que é líder de parcerias para a América Latina da Vidmob – uma empresa que usa inteligência artificial para impactar a criatividade e melhorar anúncios. Ele foi um dos palestrantes do Fórum E-Commerce Brasil 2022.

Camilo Barros, líder de parcerias para a América Latina da Vidmob

Barros acredita que todos na indústria devem estar envolvidos na conversa sobre o tema. Segundo ele, o uso de dados deve orientar a criação, principalmente em peças publicitárias e de marketing, bem como gerar resultados melhores.

O executivo aponta que grande parte do grupo de tomadores de decisão nas empresas ainda é composto por pessoas que olham para dados de forma puramente analítica, e não criativa. “Não pode ser um pecado termos uma orientação por dados”, argumentou.

Ele também exemplificou que, por décadas, o marketing dependeu de elementos digitais, como os cookies, que hoje já não são opções tão interessantes. Portanto, é preciso encontrar uma nova forma de olhar para os negócios.

Para Barros, é imperativo mudar o jeito de criar. Porém, ele tranquiliza: “Não estamos falando de nada que vá matar a criatividade. Não vai ter um robô no lugar do ser humano”.

Um novo olhar sobre a criatividade

O líder de parcerias da Vidmob argumentou que é preciso parar de olhar para a criatividade como se fosse uma “caixa preta”, ou seja, algo intangível e imensurável.

Na opinião dele, ela pode ser desmembrada em aspectos mais palpáveis e listou aprendizado, eficiência, efetividade, velocidade, agilidade e desempenho como componentes.

Uma inteligência artificial atuando nesse nicho pode, por exemplo, decupar uma peça publicitária modelo para identificar e analisar componentes bem-sucedidos.

O palestrante explicou ainda que o cruzamento de dados criativos e atributos de performance pode responder a mitos e crenças comuns do trabalho de marketing digital.

Por Sara Baptista, em cobertura especial durante o Fórum E-Commerce Brasil

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