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Lojas do futuro terão aplicativos exclusivos, sem caixa nem filas

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Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Ao entrar na loja, o cliente recebe no celular as sugestões de compras que mais combinam com o seu perfil. Pelo aplicativo, também confere a avaliação dos amigos sobre cada produto. Com um clique, ele chama o vendedor, que o trata pelo nome e já sabe quais são as suas preferências, com base no seu histórico de compras na plataforma digital. Não há caixa nem filas. O mesmo funcionário, usando uma máquina portátil, recebe o pagamento pela compra. Se preferir, o consumidor pode resolver tudo sozinho: escanear o código de barras com a câmera do celular, adicionar a mercadoria a um carrinho virtual, pagar com um clique e emitir o cupom fiscal. Essa é a Omniera - Loja do Futuro, umas das principais atrações do Latam Retail Show, evento do setor de varejo realizado entre 23 e 25 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo. A proposta do estande é simular como será a experiência de compra daqui a alguns anos. "A loja física não vai morrer, mas se reinventar por meio da tecnologia", diz Caroline Giordani, diretora da GS&Ecomm, responsável pelo projeto. "O Pokémon Go mostrou que, cada vez mais, as pessoas querem a experiência física atrelada à digital", afirma Maurício de Paula, executivo da Teradata, empresa parceira no desenvolvimento da Loja do Futuro. Para eles, a integração entre on-line e off-line será benéfica para varejistas e consumidores. "Hoje, quando o cliente entra na loja, o vendedor não sabe nada sobre ele. Com as informações oferecidas pela plataforma, o processo vai ficar muito mais rápido e certeiro", avalia Giordani. Sandra Turchi, docente da ESPM e especialista em marketing digital, concorda, mas com ressalvas quanto à privacidade. "A iniciativa trará mais assertividade ao atendimento, mas a empresa terá de fazer uso desses dados com a permissão do consumidor." Nesse novo cenário, o papel do vendedor irá se transformar. "Ele será um superassessor, que fará aquilo que a máquina não consegue, que é entender as emoções dos clientes e oferecer soluções", analisa Maurício Morgado, coordenador do Centro de Excelência de Varejo da FGV. Para Morgado, o essencial no futuro das lojas físicas não é só a inovação, mas a valorização da experiência. "A tecnologia é importante, mas tem que fazer sentido. Em alguns casos, a boa e velha demonstração do produto pode ser mais interessante."

Como será o amanhã  Confira outras novidades apresentadas pela Omniera

Pedido agializado  Pelo celular, o cliente escolhe o produto e faz a compra antes mesmo de chegar à loja. Ele marca o horário e o ponto de venda em que deseja buscá-lo, evitando espera Mesa interativa  Monitor sensível ao toque que interage com o consumidor. No caso de uma loja de vinhos, a plataforma vai mostrar dicas de harmonização e avaliações de compradores Entrega em casa Se o produto buscado pelo cliente não estiver disponível na loja, ele poderá recebê-lo mais tarde em casa ou buscá-lo em um locker -armário dentro de um centro comercial Etiqueta inteligente  Com chip e antena, etiquetas que funcionam por radiofrequência são substitutas do código de barras. Funcionam como um RG do produto e podem ser lidas a dois metros Fonte: Folha
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