Produtos marcados com o termo inglês “cruelty free” indicam que são “livres de crueldade” e atendem a uma demanda crescente dos consumidores pelo fim dos testes em animais. De acordo com dados da Market Research Future, empresa de pesquisa de mercado, o comércio de cosméticos “cruelty free” atingirá US$ 14,23 bilhões até 2030 – a previsão é de um crescimento anual nas vendas de quase 5% até 2030.
O mercado brasileiro também acompanha essa tendência global e começa a dar mais atenção ao consumidor que busca produtos sustentáveis, naturais e livres de crueldade. O uso de animais em pesquisas e testes voltados ao desenvolvimento de cosméticos está proibido por lei no país e o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é obrigatório.
Algumas empresas perceberam a demanda do mercado e se anteciparam à legislação. A Cathy Beauty, fundada em 2021 por uma família de mulheres empreendedoras, já nasceu vegana e cruelty free. Hoje, tem como carros-chefe kits de esmaltes e de maquiagem. A empresa está também em pontos de venda físicos, mas encontrou no marketplace voltado para saúde, bem-estar e beleza um aliado para conquistar a confiança do consumidor.
A Cathy Beauty é uma das parceiras do Marketplace da RD Saúde. “Estar em um marketplace especializado ajuda a transmitir confiança e segurança sobre a qualidade e eficácia dos nossos produtos. Isso atrai novos consumidores, aumenta a visibilidade e as vendas”, diz Cláudia Burmain, diretora da Cathy Beauty.
A confiabilidade mencionada por Cláudia Burmain é um ponto central quando se fala do público que busca produtos sustentáveis e cruelty free. Muitas pessoas se perguntam como ter certeza de que um cosmético não foi testado em animais. Quando um produto é importado, os consumidores podem verificar o rótulo em busca de selos, como o da PETA (People for Ethical Treatment of Animals), organização não governamental de atuação global em prol dos direitos dos animais.
Aqui no Brasil, a certificação também está avançando. A RD Saúde criou uma série de protocolos para chancelar os produtos batizados pela companhia com a sigla de LOVS – locais, orgânicos, veganos e sustentáveis. “Criamos um processo de auditoria para dar informações claras e ajudar o consumidor a fazer escolhas mais conscientes. O cliente precisa saber o que está comprando e quer a garantia de que não há testes em animais em toda a cadeia de fornecedores dos produtos”, explica Mariana Mantovani, Gerente de Marketplace da RD Saúde.
Entre os mais jovens, a preocupação com a sustentabilidade é maior – a geração Z recebe desde a infância informações sobre questões ambientais e sociais. Porém, o consumo consciente avança também em outras faixas etárias. O público da Cathy Beauty, por exemplo, tem idades entre 16 e 56 anos. Quem produz e quem vende precisa estar atento a essa demanda. “Nós fomentamos a entrada de sellers que sigam essa diretriz e que tenham selos que atestem a sustentabilidade”, detalha Mantovani.
Produtos cruelty free, como os da Needs Natos – linha de marca própria da RD Saúde – e da Cathy Beauty, podem ser testados de diferentes formas, inclusive em humanos voluntários, por exemplo. Softwares também possibilitam conhecer de forma confiável quais serão as reações de uma substância no corpo humano.
As alternativas existem e a lei garante ao público brasileiro o direito de consumir cosméticos livres de testes em animais. As indústrias e os sellers que conseguirem comunicar com clareza e transparência como seus produtos são produzidos estarão em sintonia com o que o mercado exige.