A busca por voz tem se tornado cada vez mais comum no Brasil e no mundo. De acordo com a pesquisa
Panorama Mobile Time, idealizada pela Opinion Box, 64% dos consumidores brasileiros já utilizaram esse recurso por meio dos seus smartphones. Outro estudo, desta vez realizado pela ComScore, constatou que, até o final de 2020, metade das pesquisas realizadas na internet serão feitas através da voz.
Esses dados evidenciam as mudanças no
comportamento do consumidor e, ao mesmo tempo, a necessidade das marcas se adequarem aos novos hábitos dos seus clientes.
Com a busca por voz inserida na rotina de um grande número de internautas, as plataformas de pesquisa começaram a considerar esse quesito para a otimização de sites, exigindo adaptações das boas práticas de SEO.
Como funciona o algoritmo
Com a atualização do algoritmo do Google, houve uma melhoria significativa na identificação da intenção do usuário por trás da pesquisa, capacidade que vai além de entender palavras: o objetivo é entender o modelo mental do usuário.
“O algoritmo coleta e interpreta conjuntos de dados como a localização dos usuários e as palavras-chave da busca. O objetivo aqui é captar a verdadeira intenção do usuário e direcioná-los para os sites mais relevantes possíveis. Com o tempo, o algoritmo treina o computador para combinar os sinais com os resultados e usa os cálculos para classificar os sites no mecanismo de busca”, explica o Coordenador de SEO da ZOLY, Fábio Assis.
Esse funcionamento pode ser ilustrado com uma simples pergunta:
onde é a pizzaria mais próxima?
Em segundos, o mecanismo de busca pode acessar todas as pizzarias mais próximas. Os sites com a classificação mais evidente, provavelmente, serão aqueles que estão geograficamente mais perto de você. A busca por voz também pode considerar a força das resenhas, ou seja, das reviews dos usuários. Por isso, esses depoimentos são importantes durante o trabalho de
local search.
Outra informação que poderá ser levada em conta pelo algoritmo é o seu histórico: ele pode recomendar alguma pizzaria que você já visitou ou alguma outra que esteja vinculada aos seus contatos.
“Nos dias de hoje é preciso ter empatia para desempenhar uma atividade de otimização. Se colocar no lugar do cliente/usuário é fundamental para que você entenda os algoritmos e compreenda a intenção de busca”, ressalta Assis.
Dicas para potencializar a posição da sua marca na web
Pensando na busca por voz, as marcas precisam adaptar seus sites para otimizar sua classificação no Google ou em outros buscadores. Confira a seguir algumas dicas da equipe de SEO da ZOLY para ter sucesso nessa tarefa:
Pesquisas Long Tail: antes de tudo, entenda a intenção de busca do usuário e coloque-se no lugar dele.
Mobile First e Indexing: o mercado já está cansado de evangelizar, mas é importante relembrar que é preciso preparar o conteúdo para a indexação que prioriza dispositivos móveis.
Tempo de Carregamento: essa dica pode parecer fácil, mas é o lugar em que todos morrem na praia. O mantra é desenvolver para ter performance, e esse é o primeiro exercício a ser realizado. Depois priorize, priorize e priorize novamente. Faça testes e mais testes… E não esqueça do trabalho de relatoria: saber o que funcionou será essencial.
Snippets de texto relevantes e contextuais: trabalhe blocos de conteúdo com cerca de 29 palavras. Esses blocos podem se tornar destaques nas pesquisas, ou seja, a famosa posição zero do ranking para respostas.
Local Search: a otimização para as pesquisas locais não morreu, está mais viva do que nunca e tudo vai depender do seu objetivo de negócio.
Schema Metadata: utilize os microdados quando convém para não impactar os seus resultados atuais. Implementar para deixar a serp (“search engine result page”) bonita e derrubar os resultados não faz sentido.
Google Maps: usar o recurso quando necessário, tanto nas campanhas de SEO quanto nas campanhas de
Google Ads, contribui para a relevância do conteúdo e da campanha do projeto.
Campanhas de Google Ads para resultados locais: parece que não, mas o trabalho integrado tem impacto significativo no resultado.Vale ressaltar que não estamos dizendo que fazer Google Ads contribui para relevância do SEO, como muitos já disseram. O que queremos salientar aqui é que a campanha no Ads colabora para a performance do projeto.
Um olhar para o futuro do mercado
A busca por voz vai continuar em ascensão. Em mercados internacionais como China, EUA e Inglaterra, além dos celulares, outro fator que faz com que esse tipo de pesquisa cresça bastante são os smart speakers com as suas assistentes inteligentes, como a Cortana, a Alexa e a Siri.
Essa tendência também é muito bem vista pelas marcas. De acordo com a pesquisa da
Adobe Analytics, 66% das empresas entrevistadas concordaram que a voz pode auxiliar a impulsionar a conversão e aumentar a receita e 71% delas acredita na melhora da experiência do usuário com esse recurso. Apesar disso, o estudo também constatou que muitas marcas ainda estão em fase de testes e exploração do conceito.
Aqui no Brasil, os smart speakers não são tão comuns quanto no mercado internacional, mas, a Amazon lançou, no final do ano passado, a versão da Alexa que fala português, visando o início da disseminação das assistentes virtuais no território brasileiro.
A Amazon é famosa por transformar os modelos de negócios nas áreas em que está inserida. Diante desse cenário, podemos esperar por mudanças no mercado nacional.
Quer saber mais sobre como otimizar o seu site para os mecanismos de pesquisa do Google? Fale com a gente:
comercial@zoly.com.br.
Este texto foi escrito por Bianca Borges, Analista de Comunicação Sênior da ZOLY. Jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi, também possui experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos, mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital e Data Business.
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