A partir de março, lojistas e usuários contarão com uma nova opção de e-commerce: o I Love Mall, uma plataforma de comércio eletrônico em 3D.
A ideia é propiciar aos visitantes a experiência virtual de estar passeando em um shopping de verdade. A entrada e recepção do shopping, os corredores e as fachadas da loja usam a tecnologia de três dimensões para isso.
“A experiência 3D dá uma sensação lúdica aos consumidores, e também dá mais relevância às marcas”, explica Antônio Mesquita, sócio e diretor de operações.
Com capacidade para hospedar 720 lojas e estreia prevista para a segunda quinzena de março, a expectativa é que o empreendimento chegue a 220 marcas em 2014.
Para Cynthia Akao, diretora-executiva da Facilime, empresa que presta serviços para varejistas que querem vender em redes sociais, o projeto tem potencial, mas também limitações.
“O sucesso vai depender do custo para os lojistas e para os consumidores. Os lojistas, geralmente, não querem pagar muito. Como eles não sabem como vai ser a aceitação, ficam sem saber se vão ter retorno”, explica.
Segundo Ricardo Abdo, sócio e presidente executivo do I Love Mall, os lojistas remuneram o shopping com um valor mínimo de locação ou com comissão sobre as vendas. “O valor que foi maior”, explica.
“O valor mínimo é de R$ 6.800, e o percentual de comissão fica em torno de 10%.”
Akao também diz que o custo de desenvolvimento e manutenção desse tipo de tecnologia é alto, e que a conexão ruim a internet em alguns locais do país pode ser uma barreira de acesso.
No entanto, os sócios afirmam que a experiência 3D se resume ao ambiente da loja. Os produtos serão mostrados em 2D, facilitando o uso para lojistas e tornando o site navegável.
De acordo com Sérgio Waib, sócio diretor do negócio, o público-alvo são consumidores da classe A e B, predominantemente as mulheres. Eles também estão investindo em web rádio e web TV para o site.
“Teremos lojas de vários segmentos, e duas alas especiais para casamento e decoração, com 135 lojas cada”, diz Carolina Leonhardt, sócia e diretora de marketing.
Segundo ele, os usuários poderão customizar seus corredores com suas lojas favoritas. “Cerca de 70% pode ser customizado por ele, e 30% fica por conta do shopping”, explica.
A expectativa para 2014 é de 5,3 milhões de usuários circulando pelo shopping on-line.
O investimento para o negócio foi de R$ 40 milhões uma parte é dos sócios, mas também houve um aporte do fundo Malltech.
Por: Diário do Vale