A Symantec, importante player do mercado de segurança e armazenamento da informação, promoveu, hoje (12), a sétima edição do Vision Executive Summit São Paulo 2014. O evento, destinado aos líderes de empresas e gestores de TI, contou com grandes personalidades do mercado de tecnologia e político-econômico brasileiro, como o sociólogo, cientista político e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e o cofundador da Apple, Steve Wozniak.
Sergio Chaia, Vice-Presidente e Diretor Geral da Symantec Brasil e América Latina abriu o evento chamando a atenção para algumas palavras que definem o momento sócio-econômico e cultural que estamos vivendo: complexo, competitivo, imprevisível e impermanente. O que demanda maior agilidade nos processos, revisão do planejamento e melhorias contínuas nos produtos, serviços, relacionamentos por parte dos gestores das empresas nas suas respectivas áreas de atuação.
Já Alec Miles, Vice-presidente Sênior para a América Latina começou fazendo uma promessa: ‘I give you my word’ de que este seria um evento que promoveria: o saber, a transformação, o empoderamento e a inovação.
Na visão de “Woz”, como é chamado o co-fundador da Apple, a ‘Inovação você aprende’ desde que no seu dia-a-dia você:
- Crie respostas novas para o que já faz hoje;
- Pense em jeitos de fazer o que já faz hoje gastando menos tempo ou esforço físico;
- Descubra truques novos, nem que seja para olhar as horas.
Segundo Woz, o Job (Steve Jobs) “Sempre sonhou alto desde jovem. Ele sempre quis ser um líder que faria o mundo avançar. Eu só desenhei dois computadores o Apple I e o II, ele transformou em produtos bem sucedidos”.
Às vezes para inovar é melhor não compartilhar, na visão do Woz: “O Jobs ficou calado durante 06 anos pois este foi o tempo de desenvolvimento do primeiro iPhone que mudou no mundo o jeito de se comunicar”.
Na filosofia de vida do Woz; “Eu sempre quis ser só um engenheiro. Respeite e valorize os seus engenheiros. Não acredito que o dinheiro é o ponto máximo da conquista diária. Boa vida é ser feliz, sorrir mais e menos cara feia.”
Sobre a Internet das Coisas o Woz deu uma sugestão: “Descubra qual é o vocabulário – substantivos, verbos, de cada coisa. Em cima disso comece a dar respostas novas, criar truques novos, gerar novos conhecimentos e serviços.”
Fernando Henrique Cardoso fez uma série de observações no decorrer dos seus 45 minutos de fala:
- O mundo em que vivemos é fruto das mudanças nos meios de transportes e das tecnologias de comunicação
- A revolução tecnológica alterou o modo de viver, aprender, ensinar e as interações entre as pessoas, empresas e nações
- As empresas cresceram mais do que o Estado
- Globalização do setor financeiro X globalização dos processos produtivos
É necessário considerar algumas questões macros que permeiam a humanidade para identificar as ameaças e mais importante, como as oportunidades podem ser criadas:
- Depois de 1945 não houve uma guerra mundial, mas ainda temos que dar duas grandes respostas: como é possível criar a paz que existe entre os gigantes entre os pequenos? Como todas as inovações tecnológicas atrapalham e também ajudam na construção desta paz?
- Resolver os fatores que não são de guerra, mas que levam à morte (Ex. Secas, enchentes, terremotos, maremotos)
- Epidemias – com o progresso contínuo da velocidade dos meios de transporte a propagação das doenças acontecem numa velocidade cada vez maior
- Como gerar novas formas de energia com preços cadentes que sustentem as empresas, residências?
- A internet criou condições onde as pessoas interferem em decisões de Estado. As pessoas são ouvidas, mas não têm poder de decisão, em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU ou partidos políticos. Ele lembrou: “As pessoas são movidas por causas. As nações são movidas por territórios, setores. Os partidos por poder e dinheiro.”
E alertou que não devemos “pensar o mundo com um olhar de 30 anos atrás. Como era por exemplo a antiga dicotomia entre Hemisfério Norte e Hemisfério Sul” já que as sociedades, hoje, são cada vez mais fragmentadas e com uma diversidade de modos de viver. Afinal, concluiu ele: “nenhuma nação tem o futuro garantido. O futuro precisa ser construído.”
Redação E-Commerce Brasil