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Venezuela lança bolívar digital, mas não faz sucesso com a população

Desde sexta-feira (1º), os venezuelanos passaram a adotar a nova moeda nacional, chamada de bolívar digital. Com a transição, o Banco Central da Venezuela removeu seis zeros da moeda e emitiu novas cédulas. A ideia é que a população consiga acompanhar a crescente inflação no país com mais facilidade. 

Apesar de a mudança ter como objetivo facilitar a vida dos venezuelanos nas transações em cédulas, a tendência é que a população recorra às alternativas digitais – incluindo stablecoins. 

Na prática, o que realmente muda é a maneira como a moeda venezuelana é expressa, não seu valor. Ou seja, algo que antes valia dez milhões de bolívares agora custa dez bolívares. As novas cédulas será de 5, 10, 20, 50 e 100 bolívares. 

Isso acontece porque com a alta da inflação no país, os valores antigos ficavam tão grandes que começaram a perder significado. Antes, cinco notas individuais de um milhão de bolívares, ao serem somadas, chegavam a cerca de US$ 1,20.

A reconversão da moeda venezuelana não é algo inédito. Nos últimos anos, a Venezuela chegou a eliminar alguns zeros do bolívar tanto em 2018 quanto em 2008.

Bolívar digital ou dólar?

Alguns especialistas da indústria afirmam que mais de 60% das transações do país são feitas em dólar. 

Para os venezuelanos, continuar usando o bolívar pode representar uma possível perda do poder de compra. Por isso, desde o anúncio da reconversão monetária, em agosto deste ano, muitos residentes agiram para se livrar dos bolívares e passaram a trocar por moedas internacionais. 

Embora o governo garanta que o corte de zeros no bolívar digital influenciará positivamente no poder de compra da moeda, a população prefere economizar em dólares, por exemplo.

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Fonte: Money Times