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Escolhendo a melhor plataforma de e-commerce

Por: Anderson Cruz

Webwriter na maior empresa de segurança para e-commerce da América Latina, a Site Blindado.

Dando início a nossa série de artigos com base no nosso post sobre criação de lojas virtuais, iremos abordar o assunto plataforma de e-commerce.

Após a concepção do negócio e desenvolvimento da ideia, o primeiro passo é realizar a escolha da plataforma onde sua ideia irá ganhar forma e terá a cara que você imagina para seu negócio.

Mas não pense que apenas o aspecto visual deve ser priorizado; longe disso, outros aspectos devem ser levados em conta, como a parte administrativa do site. Nesse artigo iremos abordar tudo aquilo que é importante ser lembrado para a escolha de uma plataforma que atenda suas necessidades.

Para que serve uma plataforma de e-commerce

ecommerce-plataformaPrimeiro iremos definir o motivo da existência de uma plataforma e-commerce. Ela pode ser vista como, em uma analogia com uma loja física, o espaço onde será inserida a loja virtual. Através da loja virtual o cliente terá acesso a seus produtos e serviços, informações da loja como endereço, telefone, CNPJ. Mas também através da plataforma você será capaz de acessar informações relacionadas a logística, dados de visitas, vendas realizadas, ou seja: todas as informações relacionadas a parte administrativa. Portanto, uma plataforma é muito mais que layout, aquele que aparecerá para o cliente. Na área de tecnologia da informação podemos dividir esse cenário como Front End e Back End.

  1. O que é Front End de uma plataforma: é parte que o consumidor enxerga, aquela que ele navega, compara e realiza a compra. A parte da frente de uma página.
  2. O que é Back End de uma plataforma: A parte de trás do site, aquela que o cliente não vê, mas que é tão ou mais importante, afinal é onde se gerencia o e-commerce.

História das plataformas para e-commerce

Antes de dar início ao processo que lhe ensinará a forma correta de realizar a escolha de uma plataforma, iremos agora falar um pouco sobre a evolução de plataformas com o decorrer dos anos – fique à vontade para avançar ao próximo tópico se preferir, esse contexto é apenas para reforçar a evolução das plataformas. São quatro gerações diferentes de plataformas voltadas ao e-commerce, cada uma delas com características próprias e que foram se aprimorando com o passar do tempo até chegarmos ao cenário atual, onde tudo está integrado.

A primeira geração de plataformas para e-commerce

Essa geração utilizou tecnologias como Java e Asp.net para conseguir desenvolver projetos para o e-commerce. Elas eram desenvolvidas sob medida, quase na forma de “trabalho manual” pela própria equipe de TI das empresas ou por desenvolvedores independentes que eram contratados para esses projetos, que costumavam não ser rápidos. Em alguns casos eram montadas grandes equipes e investido muito dinheiro. Geralmente essas pessoas contratadas eram aquelas com conhecimento técnico, mesmo sem experiência em negócios.

A segunda geração de plataformas para e-commerce

A segunda geração surgiu quando empresas de plataformas independentes surgiram. Com essas plataformas, as lojas virtuais não precisavam mais criar códigos próprios e ainda ganhavam tempo, afinal, não eram eles que tinham que desenvolver todo o projeto e ainda economizam recursos, pois seus profissionais não precisavam ficar focados nesse.

A terceira geração de plataformas para e-commerce

No momento em que se percebeu que era fundamental ter todo o processo do e-commerce integrado aos sistemas internos da empresa, fizeram com que as plataformas ficassem ligadas a logísticas, CRM e pagamentos, afinal, as plataformas se tornariam parte integrante da estrutura do negócio, e não uma unidade isolada.

A atual geração – A quarta geração de plataformas para e-commerce

Hoje vivenciamos a 4ª geração de plataforma, aquelas que chamamos de full-service, onde todos os processos relacionados ao e-commerce podem ser realizados com a plataforma. A atual geração contempla que as próprias plataformas ofereçam serviços extras, como desenvolvimento logístico e agências de marketing digital.

Quais os tipos de plataforma existentes no mercado

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Hoje existem três diferentes tipos de plataforma no mercado, cada uma com suas características próprias, atendendo a uma demanda diferente. 
Gratuitas: Essas plataformas não têm custo, pelo menos na aquisição. Para utilizar plataformas gratuitas (normalmente) não será preciso uma equipe técnica que consiga tirar o melhor proveito delas; entretanto, é importante ter cuidado para não prejudicar a segurança da empresa, principalmente com a utilização de plug-ins de terceiros. Um dos problemas destas plataformas é que elas podem ter pior performance, em conversão e velocidade. De código aberto (ou open-source): Esse tipo de plataforma é desenvolvida por vários colaboradores diferentes, ou seja, ela é aberta. Uma plataforma de código aberto pode ser considerada “universal”, não sendo feita para atender a apenas um determinado formato de e-commerce; muito pelo contrário, ela é feita para atender a maioria. Por esse motivo, podem necessitar de upgrades/alteração, sendo necessário investimento numa equipe técnica. A manutenção ou a alteração do código também irá gerar novos custos. Se você quer ter muitos recursos disponíveis e personalizar apenas o que é essencial, as plataformas open-source são uma boa pedida. Pagas: A modalidade paga pode fornecer dois tipos diferentes de plataformas: personalizada ou alugada.

  1. Personalizada: Trata-se da plataforma que permite que as atualizações e ajustes da plataforma sejam realizadas de acordo com suas necessidades. Ou seja, moldada ao seu e-commerce. Mais isso implica em um investimento maior, afinal, a plataforma será ajustada de acordo com seu projeto.
  2. Alugada: O investimento será menor, mas você não poderá mexer em tudo, só em alguns pontos. Vale a pena escolher esse modelo, se você não se preocupar muito com layout e experiênciadiferenciados. Por ser menos customizada, todas as atualizações são feitas automaticamente e sua implementação é rápida. É importante ficar atento à precificação dessas plataformas, pois podem estar atreladas ao número de pageviews e/ou receita, representando um custo significativo no futuro do seu e-commerce.

No caso da escolha da plataforma, fique atento a todos os custos envolvidos e como eles se desenvolverão no futuro. Não leve em conta apenas o valor da mensalidade, pois os outros custos podem subir como tempo e se tornarem muito mais relevantes. Uma das maneiras de conseguir identificar a plataforma com menor custo para seu negócio é utilizar a técnica TCO, explicada abaixo.

O que é TCO?

Total Cost of Ownership, TCO (em português, Custo Total De Posse), trata-se de uma metodologia que te força a identificar todos os custos de uma plataforma. Nisso incluímos desde o pagamento inicial (setup), até os custos que serão gerados com a operação em andamento. Algumas das métricas que devem ser analisadas em TCO são (sempre considerando projeção para pelo menos 1-2 anos):

  1. Qual o período que pretende ficar com essa plataforma;
  2. Quantos visitantes espera receber mês;
  3. Receita mensal;
  4. Quantidade de produtos (SKUs) que vai vender;
  5. Número de integrações com outros sistemas (como CRM e ERP, por exemplo);
  6. Número de lojas na plataforma;
  7. Custo de licença de software;
  8. Custo de setup e custo de futuras customizações da sua plataforma de e-commerce;

Esses são só alguns dados básicos que precisam ser levados em conta para a aplicação do TCO. Usando o TCO, você pode ter certeza de quanto custará de fato utilizar uma determinada plataforma em comparação com a outra. O TCO é especialmente útil quando você quer comparar duas plataformas que têm modelos de precificação muito diferentes, como uma open-source VS uma alugada.

Como definir a melhor plataforma para seu negócio

Tudo o que foi dito até então pode soar como teoria ou, pelo menos para você, não ter sido direto. Mas as informações anteriores são válidas para que você consiga escolher a melhor plataforma. Vamos aos fatos: A Forrester realizou uma pesquisa e apontou que 48% dos e-commerces estão em processo de troca ou planejam realizar essa troca em até 3 anos. Alguns especialistas indicam que o planejamento de validade da plataforma deve ser de 3 a 5 anos. Portanto, utilize essa informação para calcular a validade que sua plataforma terá de acordo com suas perspectivas de negócio. Separamos algumas informações que precisam ser levadas em conta para escolher sua plataforma:

  1. Qual capital você possui para investir na plataforma?
  2. Histórico da empresa que fornece a plataforma
  3. Estudar outras empresas/e-commerce que a utilizam a plataforma
  4. Possui integração com uma ferramenta de analytics?
  5. Ele oferece relatórios de gerenciamento da página? E como são esses relatórios?
  6. Quais as formas de pagamento que podem ser utilizadas na plataforma? Você têm liberdade para escolher/implementar isso?
  7. Quais ferramentas de segurança são oferecidas pela plataforma?
  8. Sua plataforma oferece suporte via email e telefone? Quem fica responsável por te ajudar em caso de falhas?
  9. Quais as funcionalidades oferecidas por empresas do mesmo segmento que o seu? Caso você queira, a sua plataforma será capaz de ofecerer as mesmas funcionalidades?
  10. Será possível expandir/alterar a plataforma a curto ou médio prazo? Qual seria o custo dessa expansão? Quem fica responsável por alterar, você ou a própria plataforma?

Com essas informações você será capaz de montar um briefing e apontar as suas necessidades. De acordo com as suas necessidades a realidade (investimento) a ao qual se encontra poderá confrontar as informações com as modalidades de plataformas existentes e chegar até aquela modalidade que melhorar irá lhe atender. O importante nessa etapa é listar todas suas necessidades (lembre-se de considerar suas necessidades para os próximos 2-3 anos, não apenas as do primeiro ano de operação) e procurar a plataforma de e-commerce que melhor às atende. Após identificar as mais adequadas, elimine aquelas que estão fora do seu orçamento inicial! Para complementar e enriquecer seu briefing, listamos alguns pontos que podem complementar essa análise e ainda ser adaptadas de acordo com seu negócio.

  • A escolha da plataforma deve ser realizada no início do projeto.
  • Não se contente com algo comum, pois na internet existe inúmeros e-commerces que já atuam no mesmo mercado que você pretende entrar. Portanto, se for possível, escolha uma plataforma boa; não apenas uma plataforma barata.
  • Peça opinião de profissionais experientes, dentre eles os designers gráficos, web designers, profissionais de marketing e publicidade sobre a plataforma que você está escolhendo. Procure falar com profissionais do mercado de e-commerce também.
  • Verifique se vai precisar rodar vídeos, usar imagens de alta definição em seu site. Se sim, é importante escolher uma plataforma que tenha suporte para essas tecnologias.
  • Plataforma de e-commerce não é só o lado estético da loja virtual, mas também o lado operacional de seu negócio. Leve isso em consideração na escolha.

Esperamos que esse artigo tenha ajudado você a realizar a escolha de sua plataforma! No próximo post da série você descobrirá quais as diferentes formas de receber pagamento pela internet e como escolher a que mais se adequa a seu negócio. Para acompanhar os próximos artigos dessa série, inscreva-se em nossa lista de email e te enviaremos os artigos seguintes!

— ARTIGOS DA SÉRIE —

  1. Como montar uma loja virtual passo a passo
  2. Escolhendo a melhor plataforma de e-commerce (você está aqui)
  3. Pagamento digital: como escolher o sistema de pagamento do seu e-commerce
  4. Sistema de antifraude no e-commerce
  5. Segurança no e-commerce e os Selos de Segurança
  6. Desenvolvendo um plano de marketing para e-commerce
  7. Suporte no e-commerce: como fazer
  8. Backoffice e ERP para e-commerces
  9. A logística no e-commerce e como calcular fretes
  10. Legislação do e-commerce: a lei do comércio eletrônico

— ARTIGOS DA SÉRIE —