Recentemente escrevi um artigo sobre as diferenças entre precificação dinâmica e precificação inteligente (confira aqui), mas percebi que este assunto precisava de um pouco mais de detalhamento, visto que ainda há muita dúvida sobre “qual é qual”.
A precificação inteligente é um tipo de precificação automatizada, porém, baseada em modelos estatísticos e algoritmos alimentados por informações internas do próprio varejista (Ex.: vendas, conversão, margem, custos, visitas, estoque, desistências no carrinho e demais outras) e “aprende” com o passar do tempo a otimizar o preço de acordo com o histórico.
A palavra aprende está entre aspas porque na verdade o que acontece é que os algoritmos interpretam um grande volume de dados e adaptam os preços para as mais variadas situações e objetivos do varejista. Por exemplo: o varejista A quer otimizar o preço dos produtos com muita visita e baixa conversão.
Outro varejista quer priorizar itens com mais de 100 dias no estoque, com margem alta e conversão baixa. Esses parâmetros são “passados” ao algoritmo que, por sua vez, otimizará os preços para que os objetivos sejam alcançados.
Pode-se dizer, de certa forma, que este tipo de precificação é um passo a frente da precificação dinâmica (caso você tenha dúvidas sobre o que é precificação dinâmica, confira este outro artigo aqui). Isto porque ela é mais complexa e exige muita atenção e expertise para ser executada, pois é proativa, então a partir do momento que for instaurada ela começará a gerar precificações inteligentes.
Vale lembrar que isto é sempre baseado nos objetivos, metas e regras previamente estipuladas, então você deve buscar a empresa com maior respaldo para este tipo de atividade, pois qualquer erro pode comprometer toda sua precificação.
Imagine que beleza seria se seu e-commerce identificasse um usuário entrando em certo produto, porém, não finalizando a compra. Pode-se interpretar que ele está “namorando” o produto, ou seja, deseja comprar mas algo o está impedindo. A partir desta análise automatizada, seu robô de inteligência de preços pode reduzir o preço do produto em questão quando o usuário acessar novamente aquela página, buscando fornecer um incentivo para a conversão.
Ele pode fazer isso até chegar nos limites que foram previamente estipulados por meio de informações como custos do produto e sua margem mínima de lucro desejado. Com isso as precificações nunca quebrarão este limite, “queimando” o preço do produto. Também é possível inserir demais variáveis que evitem o “inchaço” dele, tornando-o superfaturado e possivelmente denegrindo a imagem da loja que o negocia.
Isto parece utopia, porém, não é. Basta definir objetivos e metas, alinha-las com as estratégias de nível empresarial e começar a montar sua precificação inteligente!