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6 dicas para criar e promover o conteúdo certo

O primeiro passo para criar e promover o conteúdo certo para um determinado público é descobrir se a sua ideia é boa. Eu poderia escrever um post inteiro sobre esse tópico, mas talvez isso fique para outro dia. Por ora eu quero compartilhar com vocês algumas dicas que vão te ajudar a encontrar o caminho certo em termos de produção de conteúdo e aumentar a probabilidade de que ele seja bem recebido quando chegar ao público-alvo.

Princípios do livro “Made to Stick”

Eu gosto muito do livro “Made to Stick” do Chip e Dan Health. Os autores vão direto ao ponto e falam sobre um framework que pode ser usado para avaliar se a ideia vai “pegar” ou não. Existem três elementos fundamentais para fazer isso acontecer:

  • Simplicidade
  • Originalidade (Exclusividade)
  • Elementos concretos/ reais
  • Credibilidade
  • Emocionalidade
  • Estórias

1. Simplicidade: Sua ideia é simples de entender e explicar? Uma boa forma de testar isso é tentar explicar a ideia para alguém que ainda não tenha escutado sobre o assunto. Se você consegue fazer isso rápido e a pessoa consegue entender, então provavelmente a ideia é simples o suficiente. Se você não consegue explicar a ideia de forma rápida e simples, então você provavelmente também vai sofrer quando for promover a ideia no e-mail ou telefone.

2. Exclusividade/ Originalidade: Isso não significa que a sua ideia precisa ser totalmente original/exclusiva por completo, mas precisa ter algum elemento inesperado sobre o assunto. Pode ser o design, um elemento interativo ou uma nova estória que foi produzida a partir de algum dado ou informação nova. Se você está simplesmente reproduzindo alguma coisa que já foi feita antes não está adicionando nada de inesperado, então provavelmente não gerará bons resultados ou interesse.

3. Elementos reais/ concretos: Vejamos um exemplo do livro: Quando JKF fez seu discurso em 1961 sobre o homem pisando na lua, sua declaração foi muito concreta. E não poderia ser diferente, já que ele queria capturar a imaginação e o apoio dos congressistas e do público dos EUA. Ao invés de dizer: “Nós vamos vencer a corrida espacial”, ele disse: “Primeiro, eu acredito que a nação poderia se comprometer em alcançar esse objetivo, antes que a década acabe, o homem vai pisar na lua e voltar em segurança para a terra”. Apesar de parecer confuso, se ele tivesse feito a primeira afirmação poderia ter errado. Mas na segunda declaração ficou claro para qualquer um a intenção de JFK e eliminou a ambiguidade.

4. Credibilidade: Existem dois tipos de conteúdo de credibilidade quando estamos falando de conteúdo que nós produzimos. O primeiro é: a credibilidade do autor, que os torna qualificados para escrever em um tópico particular? Eles são especialistas? Eles são respeitados em sua área/campo? Faria sentido se essa pessoa escrevesse sobre um determinado assunto?

O outro lado da credibilidade é: se a marca está ou não por trás, o conteúdo é qualificado para falar sobre um tema. Esse é um erro que vejo com certa frequência e até eu já cometi. Às vezes você produz um trecho do conteúdo com uma proposta explícita de conquistar links o que significa que pode fugir um pouco do assunto. Uma companhia de seguro de automóvel provavelmente não está qualificada para publicar um infográfico sobre gatos, por exemplo! Mesmo se o infográfico conquistar muitos links e shares nas redes sociais.

5. Emocionalidade: Como você pode traçar uma resposta emocional através do seu conteúdo? Ultimamente, forçar algum tipo de resposta emotiva é muito difícil, mas pode ser um dos mais poderosos elementos do seu framework. Eu não acredito naquele ditado: “Falem bem ou falem mal, mas falem de mim”. Eu tomaria cuidado aqui porque provocar reações negativas pode ser perigoso e atrair sentimentos ruins para a sua marca.

6. Estórias: O elemento final do framework é se o seu conteúdo conta uma história. Uma estória pode inspirar pessoas a tomarem atitudes e fazer pessoas lembrarem algo. Nós sempre lembramos de uma boa estória, é natural do ser humano quando nós éramos crianças e isso não tende à mudar, mesmo quando ficamos mais velhos. No livro os autores recomendam que uma ideia com boa aceitação reúne esses tópicos, mas lembre-se que é muito difícil reunir todos os elementos de uma só vez. Também pode haver momentos em que uma ideia ou trecho de conteúdo tenha performance muito boas e ser amplamente propagados sem ter nenhum desses elementos! De qualquer forma se você usar esse framework, isso pode ajudar você a diminuir a possibilidade de sua ideia falhar.

Outras estratégias para promover conteúdo:

1. Pague para promover seus melhores conteúdos:

Com o tráfego certo configurado no seu analytics é possível verificar qual conteúdo tem contribuído para as conversões. A maioria dos conteúdos criados fora das páginas de produto/ categoria tem pouca probabilidade de levar à conversões, mas é perfeitamente possível para eles fazer parte do processo em algum momento.

Se você usa o Google Analutics, então você pode testar os relatórios de interações de assistência e configurar o relatório para incluir a URL da landing page para o seu conteúdo. Veja o exemplo:

assisted conversions

2. Encontre o conteúdo dos seus concorrentes e aprenda com eles 

A maioria de nós já fez análise de concorrência em algum momento. Geralmente o objetivo é analisar onde o seu site está posicionado no cenário do segmento e conhecer quem você está enfrentando. O problema com o tipo de análise competitiva comum que nós fazemos é isso tende a mostrar apenas os concorrentes na busca pura – baseado em similaridade de produto ou oferta de serviços. Seu concorrente em termos de produtos e serviços pode ser muito diferente daqueles que publicam conteúdo que competem com você.

3. Encontre feedbacks positivos ou negativos do seu público-alvo

Quando falamos em gerar conteúdo, uma das coisas que pensamos é: qual é a mentalidade do nosso público-alvo? Isso pode ser um problema quando falamos de produto, serviço, marca, concorrência ou indústria? Voltando ao livro do início do nosso artigo, precisamos voltar ao elemento “emocionalidade” do framework. Uma vez que você encontrou alguma coisa que causa dor a eles ou que seja positivo, você pode usar isso para guiar seu planejamento de conteúdo. Uma dica para isso é usar buscas para descobrir quais temas o seu público-alvo está debatendo na web e que possui a emocionalidade como natureza.

Artigo traduzido pela Redação E-Commerce Brasil com autorização do autor. Publicado originalmente em: http://moz.com/blog/hacks-for-content-creation