Diante da crescente digitalização e automação de serviços em todo o mundo, o uso da tecnologia financeira se tornou um pilar de desenvolvimento no setor. Em meio a uma sociedade cada vez mais digital, as formas de pagamento online vêm ganhando novos adeptos a cada dia.
Nos dois primeiros anos de funcionamento, o Pix, por exemplo, somou 26 bilhões de transações. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), há atualmente 523 milhões de chaves cadastradas, alta de 390% em relação a março de 2020.
Apesar do boom que a novidade trouxe ao segmento, por outro lado, mesmo com o advento de formas de pagamento inovadoras, os cartões ainda lideram as transações financeiras no Brasil. A modalidade é a mais popular entre os consumidores, principalmente, por duas maiores vantagens: praticidade e prazo de pagamento, movimentando o maior volume de dinheiro e impactando as vendas nas empresas.
Um pouco de história
Os primeiros cartões de crédito começaram a ser utilizados na década de 1920, nos Estados Unidos. A ideia inicial era a de um cartão pós-pago que os comerciantes disponibilizariam aos clientes fiéis e bons pagadores. Assim, poderiam reunir todos os seus gastos e fariam o pagamento de uma só vez.
Dali em diante, a surgiu o Diners Club, que passou a produzir cartões em plástico em larga escala, consagrando os primeiros cartões de crédito internacionais da história. Alguns anos depois, em 1966, o Bank of America criou o seu cartão de crédito, que se popularizou rapidamente e passou a ser aceito em mais de 12 milhões de estabelecimentos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Posteriormente, originou a bandeira Visa e, no mesmo ano, também foi criada a bandeira Master Charge, que viria a se chamar Mastercard.
Hoje, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o volume transacionado por meio de cartões cresceu 24,6% em 2022 no país, puxado pelo aumento das transações via cartão de crédito e pré-pago.
O valor movimentado foi de R$ 3,31 trilhões, sendo R$ 2,1 trilhões em cartões de crédito (alta de 29,4%) e R$ 992,4 bilhões no débito (aumento de 7,4%), além dos pré-pagos que se destacaram com R$ 227,6 bilhões (crescimento de 94,4%). O tíquete médio por modalidade foi maior no crédito, com R$ 114,8. No débito, foi de R$ 64,4 e no pré-pago, R$ 40,2.
Projeção de crescimento
Para 2023, a Abecs projeta crescimento de entre 14% e 18% no valor total transacionado por meio dos cartões de crédito, débito e pré-pago, tanto em lojas físicas quanto no e-commerce.
Outro destaque do estudo foi o crescimento do uso dos cartões na internet, em aplicativos e em outros tipos de compras não presenciais, que mantiveram o ritmo de 2022. Esse tipo de transação movimentou pela primeira vez o valor de R$ 700 bilhões no ano, alta de 22,8%.
O formato ainda é – e vai continuar sendo – uma forma muito relevante de realizar pagamentos. Por isso, em um mercado cada vez mais competitivo, oferecer cartões com sua marca pode ser um diferencial para fidelizar a clientela e alavancar as vendas. O processo pode ser bastante burocrático, envolvendo desde a emissão até o processamento e a logística dos cartões. Nesse sentido, é essencial optar por parceiros que garantam expertise no processo e que cuidem da emissão de ponta a ponta.
Apesar das novas tecnologias, o cartão não vai perder o seu espaço na dinâmica da sociedade. Quem optar por estratégias inteligentes voltadas para esse cenário pode sair na frente.