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Como o e-commerce pode ser exemplo de diversidade étnica, racial e de gênero?

Por: Edmilson Maleski

Sócio-diretor na web.art group. Formado em administração de empresas e há 20 anos lidera a área comercial de multinacionais e de grandes empresas de varejo como Atento, Central Ar, Dufrio e VTEX. Possui amplo conhecimento do processo produtivo do varejo, especialista em e-commerce e formação de times de alta performance.

Os nossos valores individuais são constituídos por meio da influência direta de familiares e de pessoas mais próximas durante toda a nossa formação como indivíduos.
Constantemente os costumes de nossos antepassados influenciam em nossas ações do presente, ainda que seja em um contexto diferente e, principalmente, no que diz respeito a recursos tecnológicos e de comunicação.

O preconceito com a cor da pele, religião, sexo, gênero, classe social e outros mais, era declarado e evidente no passado. Isso gerava segregação e impedia a convivência harmoniosa entre esses grupos.

Hoje em dia, embora seja criminalizado, o preconceito infelizmente permanece segregando, mas de forma velada. Estou falando aqui sobre dados e fatos, e não sobre opinião pessoal.

Basta estudar um pouco mais sobre este grave tema e teremos a certeza que ocorre cotidianamente, bem diante de nós. No último senso do IBGE (2010), quase metade da população se declarou como negra ou parda — e mais da metade da população é constituída por mulheres.

Essa realidade se aplica na sua empresa? Você olha para os lados e enxerga mais mulheres que homens? Enxerga a mesma proporção de brancos e negros? É óbvio que não!

Todos os pontos mencionados até aqui corroboram para um preconceito impregnado em todos nós. De tão impregnado que está, já não é percebido por quem não é impactado diretamente (aquele que não sente na pele).

E o que o e-commerce tem a ver com isso?

O e-commerce tem TUDO a ver com isso! O canal de vendas online está relacionado a tecnologia, marketing, comunicação, inovação… Ele atrai pessoas de ambos os sexos, todas cores, opções sexuais e religião.

Não estou afirmando que todos possuem as mesmas condições e acessos ao trabalho, mas sim que vejo uma pluralidade incomum, comparado a outros canais/segmentos.
No e-commerce temos a grande oportunidade de influenciar outros segmentos e canais por meio da diversidade.

Movimentos como o “Mulheres no e-commerce” ganham dimensão e dão a oportunidade para que elas mostrem suas posições e competências. Pessoalmente, não enxergo isso como um movimento separatista, mas como uma ampliação da voz que elas sempre mereceram ter, e que agora estão exercendo.

Vejo também uma maior diversidade étnica. Conheço frequentemente pessoas de outros Estados, regiões e países com iniciativas sensacionais para o canal, além de uma presença cada vez maior de todas as raças.

O meu ponto aqui não é afirmar que está tudo bem, e que no e-commerce tudo é um mar de rosas. Mas, sim, encorajar todos do segmento a mostrar que há sim algo diferente, que devemos dar um zoom e mostrar para todos que é possível sermos seres humanos melhores.

Que é possível aprender que ninguém é melhor ou pior por ter o sexo diferente do seu, a cor da pele diferente da sua, uma opção sexual diferente ou um sotaque diferente do seu!

Cresci profissionalmente liderado por mulheres e homens, brancos e negros, gays e héteros, assim como tive a oportunidade de liderá-los. E, por isso mesmo, sinto-me um privilegiado por conseguir distinguir que, competência não se mede por características físicas, cor de pele, opção sexual ou sexo.

Convido você a compartilhar suas experiências positivas para mostrarmos que é possível fazermos diferente e melhor.