Você já parou para pensar em como privacidade e entregas no e-commerce podem ter relação? A realidade de uma pandemia, com todas as imensas transformações que tem provocado, desafia e muito nossa capacidade de apreensão e análise. Como imaginar, no início de 2020, que no final do mesmo ano teríamos 13,2 milhões de novos consumidores no e-commerce (pesquisa WebShoppers), um aumento de 23% em relação ao ano anterior? Já estamos tão acostumados com os números expressivos desse período que essa porcentagem parece pequena, mas ela é surpreendente. Uma parcela gigante da população brasileira fez compras no comércio eletrônico pela primeira vez, e não vai largar nunca mais essa comodidade.
Uma mudança dessa magnitude traz consigo várias outras a reboque – a maioria positivas – e as empresas mais inovadoras têm se movimentado velozmente para aproveitar as imensas oportunidades geradas no quesito de entregas no e-commerce. Uma delas é a necessidade de privacidade desse novo consumidor que recebe pacotes e mais pacotes em casa, e mora com outras pessoas, sejam elas familiares ou amigos.
A privacidade para as compras online é importante em vários contextos e por razões distintas para cada consumidor. Normalmente imaginamos categorias íntimas – produtos de sex shops são o exemplo óbvio – porém há questões complexas envolvidas em evidenciar a qualidade e quantidade de tudo o que se compra, seja para a mulher, o marido, os filhos, colegas de apartamento e até mesmo porteiros ou vizinhos curiosos.
Nossas compras dizem muito sobre nós, e não é sempre que queremos revelá-las, ainda mais em um momento de relações postas à prova como o de agora, devido à hiperconvivência.
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Há também situações singelas como quando queremos surpreender alguém com um presente especial, mas corremos o risco de ter a surpresa frustrada porque a encomenda chega à vista de todos.
O mercado se movimentou e pensou numa solução para o consumidor. Vocês se lembram das boas e velhas caixas postais? Pois bem, elas cairiam como uma luva para quem não quer dar satisfações o tempo todo sobre o que compra no e-commerce, mas quem quer ir a uma agência dos correios toda semana, bem no meio do experiente (as agências só funcionam em horário comercial) e pegar “aquela” fila?
Como solução bem mais eficaz surgem então os armários inteligentes. Espalhados por vários pontos estratégicos, estão sempre perto: na vizinhança de casa, ao lado do trabalho, no caminho do dia-a-dia. Estão também na estação de metrô ou na entrada do shopping, sempre disponíveis para o recebimento das mercadorias. Com eles evita-se responder “o quê?”, “por quê?”, “quando?” e “como comprou?”. E adivinhe: contam com tecnologia de ponta para avisar ao consumidor sobre a chegada do produto, gavetas que se abrem com QR Code e uma retirada que dura poucos segundos e sem contato humano.
O e-commerce e o consumidor brasileiro têm agora uma caixa postal do século XXI, garantia de privacidade para quem quer comprar e levar seu pacote para casa, em paz. Mais uma revolução recente para contarmos aos nossos netos, daqui a alguns anos.