São quase 60 milhões de pessoas acessando a internet no celular, para onde você olha os smartphones estão nas mãos de todos, o Facebook e o Twitter tem mais de 50% de seus usuários acessando por meio dos celulares, você mesmo usa bastante e os dados de seu analytics indicam que uma parcela considerável de seus clientes já acessa e compra pelo celular – número que está em crescimento. Então está na hora do m-commerce.
Decisão tomada, você descobre que ainda há algumas perguntas a responder: smartphones ou tablets? Apps ou sites? Android ou iOS?
Com qual eu vou? Você pensa.
Vou tentar ajudar.
Sites ou Apps?
Esta é a primeira decisão e não deveria ser necessária. O mobile site e o app são complementares, não substituem um ao outro. O ideal é o desenvolvimento de ambos, site e app, pois cada formato oferece oportunidades em um contexto diferente.
O site móvel é mais adequado para busca. Cada vez mais as pessoas recorrem ao Google quando estão em movimento – 20% das buscas (estimativa) já é feita em celulares e 40% destas são locais (números de buscas locais fornecidos pelo Google).
Sendo a busca no celular eminentemente local, ao não possuir um mobile site sua empresa estará perdendo uma oportunidade concreta de vendas – já que a busca no celular tende a ser direcionada a um objetivo claro de ação.
Já o aplicativo móvel é uma oportunidade de relacionamento e de conquistar espaço no hardware do consumidor – por conseguinte, mindshare e, espera-se, pocket share. Objetivos que são comuns a qualquer empresa.
Porque uma oportunidade de relacionamento? Há espaço limitado nos aparelhos dos consumidores. Há 700,000 apps à disposição (no caso da App Store). O consumidor configura esta “coleção” de aplicativos que terá em seu celular de acordo com seu interesse. Se houve o download do aplicativo de sua empresa, houve uma manifestação clara de interesse no que este tem a oferecer, além de uma intenção de compra latente. É preciso aproveitar esta, por meio de uma apresentação de produtos favorável ao meio mobile, além de ações de relacionamento – o app não pode ficar “mudo” no device do consumidor.
Em resumo: sites móveis são os melhores para busca, e há grande potencial na captura dos consumidores fazendo buscas. Aplicativos móveis são oportunidades de relacionamento com consumidores que já manifestaram o interesse em realizar compras com esta empresa. O site móvel pode, sim, favorecer o download do aplicativo – que, também por suas características, tende a gerar maior valor por usuário (maior tempo de navegação, mais recursos).
Tablets ou smartphones?
Outra escolha que não é real – ou realista. A grande diferença entre o tablet e o smartphone é a experiência de uso, que leva a comportamentos diferentes entre os meios.
Tablets são mais adequados para a compra – e isto se reflete nos números de empresas que possuem apps de m-commerce tanto para tablets quanto smartphones, onde o tablet responde por um share maior de vendas. Isto porque o maior espaço de tela leva a uma experiência melhor, tornando a conversão mais fácil. Se como dito acima, apps (principalmente de smartphones) são oportunidades de relacionamento, apps em tablets são portanto oportunidades de engajamento. Mais tempo no app, mais chances de conversão.
iOS ou Android? E os outros sistemas operacionais?
Quando você desenvolveu seu site, você cogitava não permitir o acesso ao site de uma parcela de sua clientela em potencial? Ou, na loja física, você permitiria a entrada de apenas determinadas pessoas – por exemplo, apenas aquelas pessoas com um iPhone podem entrar.
O raciocínio é o mesmo. O share de uso de apps e web no celular é hoje dominado pelos usuários destes dois sistemas (share de uso sendo diferente do market share), havendo grosso modo uma divisão 50/50. Esta divisão, originalmente favorável ao iPhone, já começa a se fazer notar nos números de downloads que obtemos. Optar por apenas um sistema operacional é não apenas bloquear o acesso a mais de 50% de seus clientes, mas também aproveitar mal os esforços que serão dedicados ao desenvolvimento e à estratégia mobile naquele momento. Quanto aos outros sistemas operacionais, a abordagem precisa ser a mesma. No momento em que houver um share significativo, você deve considerar novo desenvolvimento.
Você deve estar fazendo as contas – 3 aplicativos e um site mobile, como a melhor estratégia de m-commerce. Mas e se houver restrições de recursos? É realmente necessária uma escolha?
O melhor a fazer é consultar os dados de acesso ao seu site atual. Qual é o modelo ou sistema operacional com a maior porcentagem de acessos? Este deve ser seu ponto de entrada.
Ponto de entrada. Pois cada meio – app ou site, tablet ou smartphone – cumpre um papel específico, e a extensão de sua estratégia para os demais será necessária, se está em busca dos melhores resultados.