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Três dicas para uma gestão mais eficiente do seu e-commerce

Por: Giuliana Cestaro

Diretora de Produtos <nowrap>e-commerce</nowrap> da Fiserv no Brasil

Com 20 anos de experiência, sendo 14 deles no mercado de meios de pagamento, tem ampla experiência como consultora de inovação, gestão de produtos digitais e e-commerce. Na Fiserv desde 2020, foi responsável por produtos digitais e liderou a equipe de lançamento da plataforma omnichannel Carat no Brasil, antes de assumir a diretoria de Produtos. Antes de integrar a equipe da Fiserv, atuou por mais de uma década na Cielo, onde foi responsável pela expansão e rentabilização do Portfólio de Soluções, especialmente como líder do setor de e-commerce. Também teve experiências em empresas de outros setores, com passagem pela Tamboré Urbanismo e Mapfre Seguros. É formada em propaganda e marketing pela Universidade Paulista, com pós-graduação em gestão pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e especialização em gestão de e-commerce e marketing digital pela ComSchool.

As vendas de produtos em marketplaces cresceram visivelmente nos últimos anos e, para 2022, a expectativa é ainda melhor: um aumento de 9% da receita, atingindo um faturamento recorde de R$ 174 bilhões. Mesmo com as variáveis da economia brasileira – inflação, dólar elevado e a projeção do PIB brasileiro desfavorável -, especialistas projetam que as compras online aumentem 8%, atingindo 379 milhões de compras e o ticket médio estável de R$ 460.

A pandemia incentivou novas tecnologias para os gestores de e-commerce, que enfrentam novos desafios com o crescimento do mercado e em vários âmbitos. São desafios que incluem desde a gestão de pagamentos até a definição da estratégia de canais. Alcançar bons resultados nas vendas online só é possível com uma gestão de e-commerce eficiente. Depois de participar da jornada omnicommerce de diferentes setores, reuni dicas para o sucesso de uma loja virtual, independentemente do seu tipo de atuação.

Veja dicas para o sucesso de uma loja virtual com uma gestão eficiente, independentemente do seu tipo de atuação.

Canais

Os canais devem atrair o usuário de várias formas no digital, por isso o gerente precisa ter um olhar unificado para a performance de cada plataforma. Isso significa um olhar estratégico para analisar os investimentos e retornos, processo essencial para definir os próximos passos e, se necessário, mudar a rota definida inicialmente. Essa avaliação pode ser feita na ferramenta de e-commerce já utilizada pelo gestor. Também é importante que os canais sejam pensados para diferentes telas. Ou seja, a experiência precisa ser a mesma, independentemente da plataforma, e a comunicação precisa estar com o CTA, famoso Call To Action ou chamada à ação, alinhado em todos os ambientes para não perder venda online.

Curva ABC e KPIs de conversão

A curva ABC, que consiste em um método usado para classificar as informações conforme o seu grau de importância, deve ser muito explorada para definir os produtos que devem ficar em evidência no e-commerce e nos demais canais da marca. Priorizar o que o consumidor mais tem buscado contribui para gerar novas vendas e não perder oportunidades. Oferecer “combos” promocionais de itens que podem ser inseridos à compra no momento do checkout é uma alternativa. O objetivo é aproveitar esse momento para aumentar o ticket médio do cliente. Durante a jornada do consumidor no e-commerce, o olhar para a conversão que pode ser gerada a cada etapa também é um dado que pode ser extraído da própria plataforma. Entender o caminho percorrido e o percentual de quantos clientes únicos estão concluindo compra são informações valiosas para o seu e-commerce.

Conciliação e gestão de estoque

Para a gestão de pagamento dentro do e-commerce, uma alternativa é que os vendedores contem com um conciliador de repasses dos marketplaces para tornar o processo mais simples, automático e livre de eventuais erros que podem ocorrer quando a conferência dos valores pagos é feita manualmente, principalmente quando está presente em mais de um lugar – pois, além de verificar cada comprovante (planilha de vendas) nos registros da empresa e conferir os repasses enviados pelos canais de venda, cada marketplace trabalha com diferentes tipos de comissionamento.

Com um método de comparação, um software de conciliação importa os pedidos para dentro do sistema, armazenando-os e comparando-os com a planilha de repasses retiradas de cada canal de venda. Nesse processo, é realizado o cruzamento de dados entre o valor previsto na importação e o valor da planilha de repasses. Dessa forma, se o valor não for exatamente o mesmo, será gerada uma divergência, e se todos forem iguais, serão conciliados automaticamente.

Além de organizar as vendas, uma boa plataforma de gestão ajuda na gestão do estoque do seller, sendo capaz de distribuir o estoque do cliente entre os diversos marketplaces para não gerar uma falha no momento das vendas. Se uma loja divulga um item e depois não o entrega por falta de estoque, ela pode ser multada. Por isso, minha última dica é contar com esse “orquestrador” que auxilie na gestão e possa trazer mais tranquilidade ao gestor de e-commerce.

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