A pandemia da Covid-19 acelerou a transformação digital das empresas, à medida que elas corriam para atender às demandas em constante mudança dos clientes. Presas em casa durante o isolamento social, as pessoas se voltaram para as compras online e o live commerce.
Importante ressaltar que o live commerce não é uma novidade no mercado. Esse já é um formato dominante na Ásia. Na China, por exemplo, a indústria de live commerce se tornou um sucesso no universo das compras, crescendo de US$ 2,85 bilhões em 2017 para US$ 144,15 bilhões em 2020. A popularidade dessa modalidade de comércio deve aumentar drasticamente e está a caminho de se tornar uma indústria de US$ 600 bilhões na China. Estados Unidos segue um caminho semelhante, com crescimento projetado para atingir US$ 25 bilhões até 2023.
Mas chega de falar sobre o futuro. O live commerce já está causando um impacto neste momento. Somente em 2020, as compras ao vivo representaram US$ 5,6 bilhões em vendas nos Estados Unidos. Os números não mentem. Essa é uma estratégia poderosa das empresas de e-commerce para criar experiências memoráveis para seus clientes, ao mesmo tempo em que impulsionam as vendas e aumentam o ROI.
O cenário de lives no e-commerce tornou-se cada vez mais competitivo à medida que marcas e varejistas competem para atrair e reter clientes adotando ferramentas digitais avançadas. Por conta da tecnologia e da evolução constante, as companhias têm cada vez mais capacidade de criar uma experiência de compra simplificada em seu próprio site, aplicativos e plataformas de mídia social.
As marcas precisam de uma abordagem cuidadosa ao implementar o live commerce em suas estratégias. Veja como preparar sua empresa para o sucesso desde o início:
Entenda seu público
Pode parecer óbvio, mas para alcançar o público certo da maneira certa, você precisa primeiro entender os hábitos de compra da sua audiência para encantar o consumidor em todas as etapas de sua jornada. À medida que o poder de compra da geração mais jovem continua a crescer, as marcas terão que adaptar sua estratégia. Com 40% da geração Z usando as redes sociais para fazer compras, construir uma estratégia de social commerce não é mais uma boa ideia. É uma obrigação.
Explore novos formatos
A realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) são formatos emergentes que podem tornar a experiência de compra ainda mais imersiva e permitir que os consumidores vejam um produto de todos os ângulos – literalmente! A Nike é um ótimo exemplo de marca que usa essa tecnologia ao máximo. Com o Virtual View da Nike, os compradores podem combinar seu tamanho e tipo de corpo com hologramas para experimentar roupas virtualmente.
Colabore com influenciadores
Pelo menos 92% dos clientes afirmam confiar nos microinfluenciadores (contas com algo entre 10 mil e 50 mil seguidores) mais do que em anúncios tradicionais ou recomendações de celebridades. Isso torna o marketing de influenciadores uma ferramenta essencial para a estratégia de lives de uma marca, pois o criador de conteúdo pode ajudar a expandir o alcance da marca e conquistar a confiança do público naquele produto.
Encante seus clientes
A transmissão ao vivo tem infinitas oportunidades – e o entretenimento é uma delas. Os tutoriais, por exemplo, são uma ótima maneira de envolver seu público enquanto exibe seus produtos. Marcas de beleza como Estée Lauder dominaram essa habilidade. Outros formatos que você pode explorar incluem perguntas e respostas com influenciadores ou embaixadores da marca e clipes de bastidores para mostrar como um produto é desenvolvido ou feito.
Iniciar uma estratégia de live commerce não precisa ser uma tarefa assustadora. Com algum planejamento e preparação, essa ferramenta pode se tornar uma plataforma fantástica (e divertida!) para os clientes se conectarem com suas marcas favoritas, desfrutando de experiências únicas.
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