Hoje tive o privilégio de assistir à primeira palestra da NRF 2025 – e que maneira mais simbólica de começar! O evento contou com John Furner, Presidente e CEO do Walmart U.S., e Azita Martin, Vice-Presidente e Gerente Geral de Retail & CPG da NVIDIA. Juntos, eles compartilharam insights sobre como a inteligência artificial (IA) está redefinindo o varejo, com um foco especial na eficiência operacional e na personalização da experiência do cliente.
No varejo, eficiência operacional é a base para escalar resultados e oferecer experiências memoráveis. A IA está no centro dessa transformação, com impacto direto em três áreas-chave:
1️⃣ Cadeia de suprimentos
A cadeia de suprimentos é talvez o maior campo de atuação da IA no varejo. Azita explicou como tecnologias como digital twins e IA preditiva estão permitindo que empresas como o Walmart antecipem demandas e reduzam desperdícios.
Um exemplo prático apresentado foi o uso da IA para previsão de demanda no Walmart. Essa tecnologia permite analisar milhões de combinações de produtos e lojas, aprimorando a precisão das previsões. Com uma escala tão grande, até mesmo uma melhoria de 1% na precisão representa um impacto financeiro significativo.
2️⃣ Lojas físicas
As lojas físicas ainda representam mais de 80% das receitas no varejo, e a IA está ajudando a transformar esse canal tradicional. Azita destacou o exemplo da Lowe’s, que criou digital twins para suas 1.700 lojas. Essas representações digitais permitem simular mudanças no layout antes de implementá-las fisicamente, economizando recursos e minimizando disrupções operacionais.
Além disso, a Lowe’s está integrando dados operacionais e de inventário em tempo real, atualizando seus digital twins várias vezes ao dia para garantir que as lojas estejam sempre otimizadas. Essa abordagem não só melhora a eficiência, mas também resulta em uma experiência de compra mais satisfatória para os clientes.
3️⃣ E-commerce
No comércio eletrônico, a IA está revolucionando a personalização. Azita destacou como a L’Oréal utiliza IA generativa para enriquecer catálogos, criar ativos digitais 3D e acelerar a produção de campanhas de marketing. Isso permite que suas equipes criativas iterem rapidamente, resultando em maior engajamento e conversão em plataformas digitais.
Outro exemplo apresentado foi o assistente de compras de IA, descrito como “o melhor atendente da loja, multiplicado em escala e disponível 24/7”. Essa tecnologia permite replicar o conhecimento e a experiência dos melhores vendedores, oferecendo recomendações personalizadas e suporte contínuo aos clientes, seja no e-commerce ou nos aplicativos móveis.
Um caminho claro para adotar a IA
Ao final da palestra, Azita compartilhou uma orientação prática para empresas que desejam iniciar sua jornada com IA:
“Em primeiro lugar, identifique os desafios de negócios mais urgentes. Em seguida, priorize áreas estratégicas: cadeia de suprimentos como essencial, seguida por lojas físicas e, por fim, e-commerce. Alinhe essas iniciativas ao nível estratégico da sua empresa e estabeleça métricas claras de sucesso para medir impacto e garantir valor.”
Essa abordagem estratégica ajuda empresas a implementarem a IA de forma assertiva, garantindo que cada projeto esteja alinhado aos objetivos do negócio e contribua para o impacto desejado.
Conclusão
A mensagem principal é clara: a IA não é apenas uma ferramenta inovadora, mas uma necessidade estratégica. Ela transforma operações, eleva a produtividade e cria experiências personalizadas que fidelizam os clientes. Empresas que adotarem a IA agora estarão melhor posicionadas para liderar o mercado no futuro.
📌 Como sua empresa está aproveitando a IA para transformar suas operações?