O primeiro semestre de 2024 foi marcado por uma forte recuperação e consolidação do e-commerce no Brasil. O setor registrou um crescimento de 18,7% em relação ao mesmo período de 2023, alcançando um faturamento de mais de R$ 205 bilhões (Super Finanças).
Esse aumento foi impulsionado por datas sazonais, como o Dia das Mães, que sozinho gerou R$ 7 bilhões em vendas (edrone), além de campanhas promocionais ao longo de março, como o Dia do Consumidor, que trouxe um crescimento de 13,9% nas vendas (edrone).
Tendências de transformação digital e personalização
Entre as tendências mais marcantes estão a transformação digital e a busca por experiências de compra cada vez mais personalizadas. O consumidor brasileiro, mais exigente, passou a valorizar não apenas a compra de produtos, mas também a jornada de consumo integrada e ágil.
Empresas que investiram em inovação, como o uso de inteligência artificial para otimização de marketing e atendimento ao cliente, estão colhendo os frutos dessa nova realidade.
O sucesso dessas estratégias reflete na ampliação do ticket médio, que chegou a R$ 490 (edrone), e na consolidação de novos hábitos de pagamento, como o uso do Pix, que representa 30% das transações.
Mudanças no comportamento do consumidor brasileiro
O comportamento dos consumidores brasileiros também mudou de forma significativa – a preferência por lojas nacionais ganhou força, enquanto e-commerces internacionais enfrentaram dificuldades.
Além disso, a crescente demanda por métodos de pagamento instantâneos, como o Pix, tem moldado a forma como os consumidores realizam suas compras, em especial para transações de valores menores.
As categorias que mais se destacaram em 2024 foram moda, beleza, saúde e eletrodomésticos, com predominância de compras realizadas por mulheres, que representam mais de 60% dos consumidores do setor (edrone).
As vendas de produtos de beleza e moda cresceram mais de 70%, refletindo um aumento no interesse por itens que atendem tanto à estética quanto ao bem-estar.
Para os profissionais que atuam no e-commerce, esse período trouxe lições valiosas, como o fato de que a adaptação às demandas do consumidor digital foi decisiva para o sucesso. O uso de ferramentas de automação e personalização de marketing, como os fluxos customizados de e-mails, ajudou e-commerces a aumentarem significativamente suas vendas.
Um exemplo prático disso foi o aumento de 102% no faturamento de março de uma loja de alimentos premium, que utilizou automações para personalizar comunicações e segmentar campanhas (edrone).
O aumento da concorrência no setor tem levado empresas a repensarem suas estratégias, com mais de 1,9 milhão de novas lojas online tendo sido registradas no Brasil (edrone), o que elevou a competitividade e a necessidade de diferenciação.
Para se destacar, pequenos e médios empreendedores precisam entender profundamente o comportamento do consumidor e oferecer diferenciais competitivos, como logística rápida, ofertas personalizadas e um bom atendimento ao cliente.
Outro aspecto importante foi o papel da tecnologia no aprimoramento da experiência de compra – plataformas de e-commerce que investiram em tecnologias como IA e análise de dados para prever o comportamento do consumidor tiveram um desempenho superior ao longo do semestre. Isso permitiu a criação de ofertas mais precisas e a entrega de uma experiência mais fluida, o que se traduziu em maiores taxas de retenção e fidelização (Super Finanças).
Para os próximos meses, espera-se que o mercado de e-commerce no Brasil continue sua trajetória ascendente, e as previsões indicam que o faturamento deve ultrapassar R$ 250 bilhões até 2027 (edrone).
No entanto, esse crescimento virá acompanhado de desafios, como o aumento das expectativas dos consumidores por uma jornada de compra ainda mais integrada, rápida e eficiente. As empresas que conseguirem equilibrar inovação tecnológica com um atendimento humanizado estarão mais bem posicionadas para liderar esse mercado em constante transformação.