Quando a pandemia do novo coronavírus ganhou força no Brasil, em março de 2020, o setor de autopeças teve um motivo extra para se preocupar — especialmente negócios que já vinham tentando se recuperar da crise nos anos anteriores. Passado quase um ano, o mercado e as entidades representativas identificam reações positivas tanto na indústria quanto no varejo — e parte dessa retomada está associada às vendas pelo comércio eletrônico.
Panorama nacional
Para entender a participação do e-commerce na venda de peças automotivas, é importante entender o cenário como um todo. De acordo com o relatório do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) realizado em outubro, temos as seguintes considerações:
- No acumulado de janeiro a outubro de 2020, o faturamento teve queda de 26%;
- Em outubro, o faturamento líquido das 60 empresas associadas ao sindicato (que representam 36,2% das vendas totais do setor no país) foi aproximadamente 6% maior em relação ao mês de setembro. Na avaliação do Sindipeças, o resultado é melhor do que o esperado no início da pandemia;
- A utilização da capacidade produtiva se recuperou plenamente dos efeitos da pandemia, registrando o segundo melhor resultado da série histórica mensal, com 73% de utilização do parque fabril (em janeiro e fevereiro, essa porcentagem era de 69%);
- Pelo quarto mês consecutivo, registrou-se aumento de empregos na indústria de autopeças.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) está otimista. A entidade acredita que o setor automotivo está retomando seu crescimento, com tendência a retomar o fôlego nos próximos meses.
O papel do e-commerce
Antes da pandemia, alguns nichos tinham crescimento lento no varejo online, como supermercados e farmácias. Hoje, no entanto, representam uma importante fatia para o faturamento do setor. O segmento automotivo segue a mesma linha — desde vendas de automóveis e peças até serviços de intermediação entre clientes e concessionárias.
A 42ª edição do relatório Webshoppers mostrou que o segmento Automotivo (lojas online com predominância na venda de acessórios automotivos, como rodas, pneus, faróis, alarmes de segurança, etc.) teve o segundo maior tíquete médio no 2º trimestre de 2020 (R$ 621), atrás apenas de Informática (R$ 814).
O reaquecimento também foi sentido próximo ao final do ano. A Via Varejo, representante dos marketplaces Casas Bahia, Extra.com e Ponto Frio, divulgou que as maiores altas na Black Friday 2020 (período de 22 a 28 de novembro) foram nas categorias Esporte/Lazer (+263%) e Automotivo (+186%).
Esse é um bom exemplo de que as projeções positivas das entidades setoriais tendem a ganhar força em 2021. A economia precisa — e vai — se recuperar. Uma das estratégias é apostar no e-commerce, seja para vendas omnichanel, seja para lojas 100% online.
Case de sucesso
Escalonar vendas é uma ambição de todos os sellers, certo? Mas para esse processo dar certo é preciso otimizar tempo e ser analítico. Na Geral Parts, especializada em peças para motores, o projeto de vendas online iniciou em 2015, com loja própria, e posterior participação em marketplaces. Atualmente conta com 15.000 SKUs únicos!
No dia a dia, demandava 1 hora por expedição. Entendendo que precisava de mais agilidade, apostou em ajustes de gestão e uma solução decisiva: hub de integração. Com o sistema, o tempo de expedição caiu para 15 minutos — um ganho enorme de oportunidades para vender mais.
Mesmo atuando em um nicho bastante segmentado, consegue se manter relevante e competitiva no e-commerce. Ótimo case de sucesso neste período de incertezas sobre os negócios.
Alguma dúvida de que o comércio eletrônico foi o grande suporte para os empreendedores em 2020?