Quando se trata do mundo dos investimentos em startups, quem se dispõe a investir em um negócio sozinho não apenas assumi todos os riscos, como também aumenta potencialmente suas chances de perder mais dinheiro. Não se trata de um “achismo”, mas sim de uma constatação baseada em experiências relatadas em diferentes continentes.
Em países onde a cultura do investimento anjo qualificado já é uma realidade, a figura do líder da captação, por exemplo, é extremamente significativa. Se o empreendedor importa? Claro que sim, mas quando o assunto é co-investimento os investidores visionários procuram e seguem o encaminhamento, a tese, a assertividade e a credibilidade do líder.
A opinião dele é vista como um endosso de qualidade da startup para o resto do mercado que respeita e segue suas indicações. Essa seria a parte “boa”, mas por outro lado, o que poderia ser considerada a parte ruim, é que o líder acaba se tornando responsável por sua indicação e se algo der errado, em tese, ele será “culpado”. Além disso, um líder só se torna um líder legítimo se ele investir primeiro ou também naquele negócio que está oferecendo aos colegas investidores.
O papel do líder de uma captação, assim como os próprios modelos de investimento, ainda precisam ser melhor definidos e compreendidos no Brasil. O próprio Investimento-Anjo, por exemplo, nada mais é do que o investimento efetuado por pessoas físicas com seu capital próprio em empresas nascentes com alto potencial de crescimento.
Geralmente é efetuado por profissionais (empresários, executivos e profissionais liberais) experientes, que agregam valor para o empreendedor com seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamentos além dos recursos financeiros, por isto é conhecido como smart-money. Estes investidores garantem uma participação minoritária no negócio e não tem posição executiva na empresa, mas apoiam o empreendedor atuando como um mentor/conselheiro. Independente de ser um investidor anjo ou não, é fundamental lembrar que investimento em startups é considerado de alto risco e longo prazo e, portanto, deve compor apenas uma parte de uma carteira diversificada de investimento (no máximo 10%). Porém, investimentos feitos por meio de equity crowdfunding oferecem a possibilidade de grandes ganhos de capital, caso a empresa obtenha sucesso.
Ou seja, o famoso “dividir para somar”. Note ainda que ter um montante disponível para investir é uma grande oportunidade, mas pode ser difícil, às vezes, saber onde e como aplicar esse dinheiro. Tem várias opções para considerar e pesa sempre o risco da empreitada e, claro, o retorno possível. Uma carteira sensata está equilibrada quando composta de uma variedade de investimentos, todos com um perfil de risco e rentabilidade diferentes.
Por isso o equity crowdfunding tem se tornado uma das modalidades que mais tem crescido no mundo, em países como Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Suécia e que agora está tomando seu espaço aqui no Brasil. Seu mecanismo de funcionamento contribui para o sucesso dos processos, uma vez que é de fácil entendimento e adesão. As startups realizam uma campanha online para oferecer a investidores a oportunidade de participação na empresa em troca de investimento (é parecido com uma mini oferta pública).
O interessante é que com essa modalidade o investidor vira uma parte essencial no processo de tornar realidade empresas que o país precisa. Sem contar que os retornos potenciais são bem acima de outros tipos de investimento. Mas atenção! O fato de você co-investir com outras pessoas não lhe dá garantias excepcionais. Diferentemente de outras modalidades de investimento, no equity crowdfunding é você quem escolhe de forma autônoma a destinação que dará ao seu dinheiro.
A plataforma que o investidor escolheu para fazer parte é responsável por oferecer as mais completas informações sobre as empresas que buscam investimento, além de dar todo o suporte que ele precisa. Porém, a decisão final é do investidor, ele precisa investir naquilo que acredita, naquilo que quer ver acontecer.