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Prepare seu marketplace para a Black Friday

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Já foi dada a largada para a Black Friday nos Estados Unidos. A Amazon começou a temporada de descontos nos produtos de sua loja eletrônica desde segunda-feira (25) e divulgou que lançará ofertas limitadas a cada dez minutos todos os dias durante a semana da Black Friday. O Walmart americano também antecipou os descontos da Black Friday este ano. Esta é a maior Black Friday do varejista que em 2012 criou o “One-Hour Guarantee”, evento que garantia o produto no estoque para o consumidor por uma hora.

No Brasil, além dos consumidores estarem mais atentos às ofertas e valores, devido a maquiagem de preços do ano passado, alguns dispositivos anti-fraudes serão adotados como comparadores de preços e também o Código de Ética para a Black Friday desenvolvido pela Camara-e.net.

No Reclame AQUI foram registradas mais de 8 mil reclamações de consumidores durante a Black Friday 2012. A propaganda enganosa foi o principal problema relatado (47%), seguido por site lento ou fora do ar (28%). Apesar de todos os contratempos do ano anterior, a previsão para 2013 é que o e-commerce registre 40 milhões de pageviews e 6 milhões de clicks durante o evento.

Baseado nessas informações chegamos a conclusão de que o e-commerce brasileiro precisará de estratégias de “re-marketing” para voltar a ter a confiança do consumidor e proporcionar novamente uma boa experiência de compra durante a Black Friday e também durante outras datas expressivas para o comércio eletrônico como Natal e Boxing Day.

Como estratégia fundamental para uma boa experiência da compra, ao lado de outros itens também importantes como reforço no empenho logístico e do servidor, reserva de estoque, entre outros, está o processo de transação financeira. Um checkout sem redirecionamentos e sem cadastros extensos, por exemplo pode evitar o abandono do carrinho e aumentar as conversões em até 30%., além de manter a experiência de compra do consumidor com a marca, já que no caso dos marketplaces, essa relação é muito mais expressiva. A Amazon, por exemplo, já adota esse tipo de ferramenta, chamada de checkout transparente.

Oferecer uma opção variada de meios de pagamento como cartão de débito, crédito e boleto também é imprescindível e no caso dos marketplaces é preciso adotar uma solução de pagamentos que seja compatível com o modelo “split” (comissionamento). A vantagem desse modelo é que ele possui configurações adicionais a uma transação simples que são realizadas de acordo com o modelo de negócios implementado.

Já em relação à segurança da transação, por um lado é preciso garantir que o vendedor. prestador de serviços cumpra o que está comercializando, e por outro, os vendedores precisam estar seguros de que receberão pelos serviços prestados.

Para isso existem programas de proteção em que o valor somente é liberado para o vendedor/prestador de serviço após o aceite do comprador ou programas em que existe um prazo para que o comprador possa cancelar o pagamento caso o serviço não tenha sido prestado conforme combinado.

Concluindo,os markeplaces, como extensões das lojas físicas dos grandes varejistas, são referência para os consumidores e por isso competem no mercado ao estilo “Winner-take-all”. Vale a pena se planejar para atender a essas demandas.