Logo E-Commerce Brasil

Quem tem medo do Pix mau?

Por: Eduardo Salles

Diretor de Inovação

Diretor de Inovação e Novos Mercados na Dotter Brasil.

Era uma vez, um leão, disfarçado de lobo, vestido de vovozinha e querendo devorar a Chapeuzinho Vermelho….

Nas últimas semanas, um forte rumor tem assustado e tirado o sono de muitos pequenos empreendedores em todo o Brasil. Com uma estratégia para lá de maquiavélica, a Receita Federal se prepara para atacar os contribuintes brasileiros com a ferramenta queridinha de 100 entre 100 brasileiros: o Pix.

Rumores sobre a Receita Federal coletando impostos via Pix estão assustando pequenos empreendedores no Brasil. Entenda como isso pode afetar seu negócio e veja dicas práticas para reduzir custos fixos, garantindo mais estabilidade financeira.

O plano foi perfeito e a execução, magistral: o lançamento do Pix fez com que as pessoas parassem de usar dinheiro vivo e até mesmo o cartão de débito. O cartão de crédito ainda resiste pela facilidade de parcelamento, mas não parece ter um futuro muito duradouro.

Agora que todos estão muito acostumados a usar o Pix (tanto para pagar quanto para receber, seja em lojas físicas ou transações online, prestação de serviços ou venda de produtos, todo mundo só trabalha assim), o plano é descortinado e a verdadeira intenção revelada: recolher impostos diretamente sobre cada transação Pix realizada. Não vai escapar ninguém.

E olha que o pessoal tinha medo da CPMF… tolinhos. Com a “moeda digital”, o governo nem precisa de novos impostos e aprovações no legislativo. Basta recolher os impostos já previstos diretamente na ferramenta transacional da moda.

Mas, pelo menos para mim, fica uma pergunta: quem tem medo do Pix mau?

A questão é simples: quem não deve não teme… quem não sonega (e ninguém deveria sonegar) não terá nenhum problema com a nova forma de atuação da Receita.

Na verdade, vai facilitar muito a vida contribuintes na apuração e no pagamento dos tributos.

Estão com medo do “monstro” errado…

Ninguém se iluda: o problema dos pequenos empreendedores e das lojas virtuais não são os impostos!

Eu explico: impostos são custos variáveis, percentuais ao seu faturamento e afetam a todos (principalmente agora). Assim, eles só “custam” se os negócios vão bem e ficam mais “leves” quando as coisas estão difíceis.

Montros de verdade são os custos fixos: aluguel, salários, … em seguida, no dia a dia pessoal do empreendedor, a prestação da casa, do carro, o IPVA, o IPTU, o plano de saúde, a escola das crianças.

Os custos fixos são FATAIS. Não importa se suas vendas cairam, se os custos subiram, se não sobra nada no fim do dia… eles estarão lá, te esperando para te devorar sem piedade.

“A questão é simples: quem não deve, não teme… quem não sonega (e ninguém deveria sonegar) não terá nenhum problema com a nova forma de atuação da Receita. ”

Com essa perspectiva, minha sugestão aos pequenos empreendedores é que se dediquem a atividades que lhes permitam reduzir custos fixos.

Algumas ideias para reduzir custos fixos

– Seja online: atualmente, você pode divulgar seu negócio e fazer vendas tendo apenas um perfil no Instagram ou TikTok. Registre o seu CNPJ na sua residência e economize com o aluguel (esse dinheiro pode ser melhor investido em publicidade online com retorno mais sustentável);

– Use plataformas gratuitas: Google Sites, W3Places e outras plataformas lhe permitem ter websites gratuitos e fáceis de criar. Além disso, as próprias redes sociais já são o suficiente (dependendo do tipo de negócio);

– Aceite pagamento por Pix (sem maquininha): usando apenas sua chave Pix ou aplicativos para gerar Pix online gratuitos, você garante praticidade aos consumidores sem ter que arcar com mensalidade e taxas de maquininhas de bancos e cartões.

Seguem algumas dicas de aplicativos gratuitos:

https://www.infinitepay.io/

https://app.dotter.com.br/web/pix/

https://www.iugu.com/

https://www.pagbrasil.com/pt-br/

https://www.printpix.com.br/index.php