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Tendências de Marketing Digital para vender mais

Por: Álvaro Souza

Executivo de Marketing, Vendas e Inovação, com mais de 20 anos de experiência em atuar no crescimento de empresas desenvolvendo modelos inovadores. Já atuou em multinacionais como Volkswagen e Jeep, e hoje está como Head de Growth no Reclame AQUI e RA Trustvox responsável direto pelo crescimento de receita da empresa e dos parceiros.

Os e-commerces são negócios digitais por natureza. No entanto, o simples fato de estar no ambiente on-line não significa que a empresa terá sucesso. Para se manter no mercado, é necessário investir em inovação constantemente com o objetivo de aperfeiçoar a experiência do cliente. As tendências de marketing digital para e-commerce entram nesse contexto para melhorar o processo de atração, conversão e fidelização de consumidores de lojas virtuais.

O marketing digital nada mais é que um conjunto de estratégias de marketing voltadas para o ambiente online. Como o comprador está cada vez mais conectado, é importante acompanhar as mudanças de comportamento. Principalmente entender o quanto a experiência de outros consumidores pode impactar diretamente na decisão de compra do seu cliente. Desse jeito, é possível atingir um público bem específico e garantem acesso a dados de desempenhos mais precisos para analisar os resultados.

Gostou da ideia e quer conhecer as principais tendências de marketing digital? Então, continue a leitura para conhecer algumas estratégias importantes para aumentar as vendas do seu e-commerce.

Marketing de conteúdo

Essa estratégia está na lista de tendências de marketing digital desde 2013. A razão do destaque é simples: materiais ricos e informativos sobre o seu nicho servem para dar autoridade à marca e gerar leads.

Apesar de não ser novidade, em 2022, o marketing de conteúdo ganha ainda mais força porque o consumo de conteúdo online cresceu em meio a pandemia.

Slow content

É verdade que o marketing de conteúdo está em alta. No entanto, como 70% das empresas já usam a estratégia, a web está lotada de materiais — alguns bem ricos e outros nem tanto. O excesso de publicações gerou uma nova era de conteúdo: o slow content.

Os conteúdos lentos são textos mais longos, aprofundados e com conteúdo útil de verdade, que respondem às intenções de busca do usuário. Ou seja, a tendência agora é reduzir a quantidade de produção para focar na qualidade.

Uma boa dica para produzir materiais do tipo é por meio do guest post. Ao convidar especialistas da área, é possível criar conteúdos mais técnicos e que, de fato, agreguem valor ao usuário. Além do mais, essa é uma maneira de fortalecer a estratégia de link building.

Mobile marketing

De acordo com um levantamento feito pela Hootsuit, em parceria com a We Are Social, o brasileiro passa mais de dez horas diárias navegando pela internet. E a principal tela é o smartphone. Cerca de 98,8% dos usuários mundiais de mídias sociais, por exemplo, acessam os conteúdos pelo celular.

Esses dados vêm para reforçar a importância das estratégias de marketing digital voltadas para dispositivos móveis, que incluem smartphones, tablets, notebooks e até smartwatches.

Nesse contexto, é possível aproveitar ferramentas de e-mail marketing, comunicação via SMS e WhatsApp, redes sociais, aplicativos e QR Code para as estratégias.

AMP

AMP é a sigla para Accelerated Mobile Pages — em tradução literal para o português, páginas móveis aceleradas. A tecnologia de código aberto criada pelo Google tem o objetivo de melhorar a velocidade de carregamento das páginas e deixá-las responsivas.

Isto é, a ferramenta é interessante para potencializar os resultados do mobile marketing, pois torna a navegação por meio de dispositivos móveis mais fluida e agradável.

Vídeo marketing

Segundo pesquisa da Kantar IBOPE Media, em 2020, o Brasil bateu recorde no consumo de vídeos. De acordo com o levantamento, 99% das pessoas assistiram conteúdos do tipo seja na TV, redes sociais, lives e serviços de streaming. Só no ambiente online, o crescimento foi de cerca de 84% desde 2018.

É aí que entra a estratégia de vídeo marketing. A produção de conteúdos audiovisuais têm maior potencial de engajamento. No entanto, é fundamental estudar o comportamento do seu público para investir no estilo adequado e nos canais preferenciais da persona.

TikTok e Instagram

As duas redes sociais estão entre as principais ferramentas de consumo de conteúdo audiovisual. O TikTok ganhou espaço entre os jovens e se popularizou por causa dos vídeos curtos e divertidos.

O Instagram percebeu o crescimento e logo lançou a função Reels para acompanhar a tendência. Sendo assim, estudar o funcionamento das mídias e investir em ações nelas é essencial para uma boa estratégia de marketing digital.

Social commerce

O social commerce é baseado no uso das redes sociais para gerar vendas. Investir nas plataformas faz todo o sentido porque os usuários das novas gerações — 16 a 24 anos — usam mais as redes sociais para pesquisar sobre as marcas que os mecanismos de buscas, como Google, Bing e Yahoo Search.

Em vista dessa mudança de comportamento, as redes sociais atualizam constantemente os recursos disponíveis para facilitar a jornada do cliente. O Instagram, por exemplo, já anunciou um novo recurso para que o usuário consiga fechar compras na própria plataforma, sem precisar sair do app.

A expectativa é que a função seja disponibilizada para o público geral ainda em 2022. Dessa forma, há uma inclinação para que o volume de negócios feitos nas redes sociais cresça ainda mais.

Social selling

Enquanto o social commerce diz mais sobre o processo de compra em si — em que o cliente vê um anúncio ou postagem, clica e compra —, o social selling tem o objetivo de conquistar a confiança do consumidor e nutrir o relacionamento. Dessa forma, é possível ajudar o consumidor a caminhar pelo funil de vendas.

Uma postagem nas redes sociais, por exemplo, é uma das táticas do social selling. Nesse contexto, os vendedores podem interagir com os consumidores para dar dicas, além de esclarecer dúvidas para gerar credibilidade e criar conexões antes, durante e depois da venda.

Marketing de influência

Os influenciadores digitais são personalidades que viraram referência para o seu público em determinada área. Ao fazer parcerias com essas pessoas, é possível aproveitar toda a credibilidade para vender. Esse é o marketing de influência.

Todavia, vale lembrar que a estratégia não é tão nova assim. A novidade mesmo está na mudança do perfil dos influenciadores. A tendência é que as marcas deixem de venerar figuras com milhões de seguidores nas redes sociais para valorizar nomes menores, mas com uma audiência bem mais segmentada e engajada.

Marketing de Eventos

Lançamento, grandes promoções, patrocínios de festivais etc. Os eventos são ferramentas valiosas para promover produtos, serviços e marcas. No entanto, em meio a pandemia, grandes shows e cerimônias precisaram ser cancelados ou migrados para o modelo online.

Com a vacinação avançando, a expectativa é que os encontros presenciais voltem a acontecer. Mesmo assim, existe uma maior propensão para que os eventos se tornem híbridos, ou seja, com uma mescla de atividades presenciais e à distância. Essa mudança é uma oportunidade de atingir novos públicos, já que não é necessário o deslocamento.

WhatsApp Marketing

O aplicativo de mensagens instantâneas existe desde 2009 e, hoje, reúne mais de 2 bilhões de usuários do mundo inteiro. Apesar de o app servir para interações sociais, cerca de 80% dos usuários usam a ferramenta para se comunicar com as marcas, seja para busca de informações, suporte técnico e até compra.

Usar o app, portanto, é uma oportunidade para interagir com os clientes de maneira mais próxima e obter respostas rápidas. E essa velocidade se dá em especial pela automatização do atendimento que está em ascensão após a liberação da API, em 2018.

Em 2021, uma atualização na plataforma trouxe um recurso para pagamentos: o WhatsApp Pay, que deve se consolidar em 2022.

Big data

Nós precisamos de água e comida para sobreviver. O marketing digital se alimenta de dados. E uma das ferramentas responsáveis pela coleta, armazenamento e tratamento de dados é o big data.

Com base nessas informações, a empresa consegue prever tendências de consumo e mudanças no comportamento do consumidor para personalizar as estratégias de acordo com as necessidades do público. Então, é uma tecnologia em ascensão.

Pesquisa por Voz

“Ok Google”, “Ei Siri”, “Alexa”, entre outros. A pesquisa por voz é bem prática e vem ganhando novos adeptos. Até mesmo as crianças ainda não alfabetizadas utilizam o recurso no dia a dia.

Adaptar os conteúdos textuais para uma linguagem mais simples. Portanto, é essencial para facilitar a reprodução pelos assistentes virtuais e melhorar a experiência do cliente. Isso também vale para as buscas de produtos no e-commerce.

Relacionamento via Chatbot

Os chatbots são robôs de atendimento programados para interagir com os consumidores via chat, telefone, redes sociais e até videoconferência. O recurso é interessante para automatizar o atendimento e disponibilizar assistência 24 horas por dia, sete dias por semana.

Quando os robôs são alimentados com inteligência artificial e machine learning, eles se tornam ainda mais eficientes. Isso porque a máquina tem uma capacidade semelhante à humana de pensar e aprender com as experiências. Assim, o robô usa o conhecimento agregado de interações anteriores para aplicar nos atendimentos seguintes.

Product Marketing

O marketing de produto é um conjunto de estratégias responsáveis por garantir uma sinergia perfeita entre produto, marketing e vendas. O objetivo é deixar a comunicação mais coesa e esclarecer ao consumidor para que serve determinado produto, como ele funciona e quais são as principais diferenciais perante a concorrência.

Nesse contexto, entram ações posicionamento, definição de mensagens, geração de demanda, aquisição de clientes, inteligência competitiva, entre outras.

Podcasts

O podcast é um conteúdo de áudio disponibilizado na internet, seja em plataformas de streaming, como Spotify, Google Podcast e Deezer e até em forma de vídeo no YouTube. O recurso é utilizado em diversos nichos do mercado para informar e entreter como jurídico, humorístico, saúde e bem-estar etc.

Como o consumo desse tipo de conteúdo está em alta, apostar em produções próprias ou até investir em propagandas em programas renomados e valorizados pelo seu nicho é interessante para atrair mais consumidores para o e-commerce.

LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor no Brasil em 2020 para regulamentar o processo de tratamento e compartilhamento de dados na internet. O objetivo é garantir a privacidade dos internautas e dar autonomia a eles quanto ao controle de informações pessoais.

Apesar de não ser novidade, as empresas ainda estão em processo de adaptação para cumprir a legislação. Além do mais, o Google anunciou o fim do suporte aos cookies de terceiros para aumentar a segurança de informações dos internautas.

Conteúdos interativos

Para suprir aquela necessidade de interação social interrompida pela pandemia, as empresas entraram para o mundo das lives na internet para se conectar com os consumidores em tempo real.

Esse formato vai se manter em alta por algum tempo. Vale lembrar que os infográficos, vídeos, quizzes, calculadoras e diversos outros tipos de conteúdos interativos também estão nesse pacote.

Marketing de Indicação

O consumidor já faz indicações de produtos e e-commerces naturalmente. Afinal de contas, na hora de comprar alguma coisa, é comum ele perguntar sobre a experiência de amigos e familiares antes de fechar negócio.

O marketing de indicação nada mais é que a sistematização desse processo de indicação. Também conhecida como Referral Marketing, a estratégia visa atrair novos consumidores por meio dos contatos que já estão na base.

Nesse contexto, são comuns campanhas do tipo: indique um amigo e ganhe descontos, frete grátis, brindes, pontos em clubes de fidelidade, entre outras vantagens.

User Generated Content

Em português, o termo significa conteúdo gerado pelo usuário. Avaliação de lojas virtuais, reviews de produtos e publicações espontâneas em redes sociais entram nessa categoria.

O recurso é interessante para auxiliar o consumidor na jornada de compra, uma vez que as opiniões de outros consumidores é útil para esclarecer dúvidas. E como 92% dos consumidores confiam mais nas opiniões de outros clientes se comparado às propagandas da marca, a ferramenta é bem interessante para aumentar a taxa de conversão.

O que muita gente não sabe é que os reviews são fatores de ranqueamento do Google. No final de 2021, a multinacional de tecnologia anunciou uma atualização que dará prioridade para e-commerces que têm ferramentas de avaliação em suas páginas.

Apesar de não ter data para lançamento no Brasil, é interessante implementar a estratégia no e-commerce para garantir um bom posicionamento nos resultados de buscas orgânicas.

São várias as tendências de marketing digital para e-commerces fundamentais para alavancar as vendas em 2022. Podemos destacar as estratégias de marketing com micro influenciadores, marketing de indicação e UGC porque aumentam consideravelmente a taxa de conversão. No entanto, lembre-se de fazer um planejamento minucioso com metas, objetivos e indicadores para mensurar os resultados.