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Tik Tok Shop: as cinco dúvidas mais comuns de quem quer vender pela plataforma

Por: Vivian Peres

co-fundadora da Anamid

Vivian Peres é Mestre em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM e graduada em Comunicação Social pela Unesp, com MBA em Marketing pela ESPM e fundadora e CEO da Interteia Comunicação. Com mais de 20 anos de experiência na área de comunicação, Vivian já realizou trabalhos para empresas como McDonald 's, Abit, Anbima, Hypermarcas e LG, somando mais de 500 horas de experiência em gestão de projetos utilizando técnicas de Design Thinking, cursadas na Universidade de Stanford. Vivian é co-fundadora da Anamid - Associação Nacional do Mercado e Indústria Digital e faz parte do Grupo de Pesquisa de Comunicação, Consumo e Arte da ESPM.

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Desde que o TikTok Shop chegou ao Brasil, falo com frequência sobre as oportunidades que a plataforma abre para quem trabalha com comércio eletrônico. Minha participação no DigitalCast da Caroline Manchini e também o artigo publicado aqui no E-Commcerce Brasil, nos quais explorei os primeiros impactos da chegada dessa novidade ao Brasil, geraram grande interesse, mostrando que o assunto é quente e o público quer aproveitar.

Smartphone exibindo o TikTok Shop cercado por ícones de e-commerce em cores vibrantes.
Imagem gerada por IA.

Como especialista no tema, passei, então, a receber dúvidas recorrentes e percebo que ainda há bastante desinformação em torno do tema. É verdade que as regras podem soar confusas em um primeiro momento, mas, na prática, o processo para começar a vender é bem mais simples do que parece.

E o melhor é que existe um canal oficial para tirar todas as dúvidas: o TikTok Shop Academy, um ambiente que reúne diretrizes e treinamentos. Abaixo, separei as cinco perguntas mais comuns e compartilho as respostas para quem deseja, de fato, tirar a loja do papel.

Quais segmentos podem participar?

De forma geral, qualquer empresa pode vender no TikTok Shop, desde que seus produtos estejam em conformidade com as regras da plataforma. Existem restrições específicas (como medicamentos e itens proibidos por lei), mas as oportunidades abrangem desde moda, beleza e tecnologia até itens de casa, papelaria e alimentos não perecíveis.

Posso vender usando CPF?

Hoje, não é permitido: a plataforma só aceita cadastros vinculados a CNPJ. Mas não é preciso ser uma grande empresa para começar. Quem se registra como MEI já pode vender, emitir nota fiscal e estruturar o negócio. Além do MEI, são aceitas outras naturezas jurídicas como EI, SLU, LTDA e até ONGs.

Qual o processo para validar a conta?

O usuário deve criar um perfil corporativo no Tik Tok e passar por um processo de validação, que inclui o envio de documentos básicos, como RG, CPF, cartão de CNPJ etc. Toda nova loja, independentemente do porte, passa por um período de experiência em que existem limites de pedidos diários e quantidade de produtos que podem ser cadastrados. Essa fase funciona como um teste de operação e pode ser acompanhada pelo próprio painel do Seller Center. Após esse período, os vendedores não enfrentam mais limites de pedidos e têm somente o teto de mil uploads de produtos diários.

É preciso ter um número mínimo de seguidores?

Para quem deseja vender sua própria marca ou produtos, não há limite mínimo de seguidores. É possível começar do zero. A visibilidade inicial pode vir de anúncios pagos, de conteúdos orgânicos que performam bem ou mesmo de parcerias. Já para quem pretende atuar como criador afiliado, promovendo produtos de outras lojas, existe a exigência de ao menos cinco mil seguidores para se inscrever no programa de criadores.

É possível vender serviços e infoprodutos?

No Brasil, a plataforma continua restrita à venda de produtos físicos, que possam ser listados, estocados e entregues ao cliente final. Serviços, mentorias e cursos online não fazem parte do escopo atual.

O que fica claro é que, mesmo com regras específicas, o TikTok Shophttps://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tiktok-shop-a-nova-era-do-e-commerce representa uma porta de entrada bastante acessível para quem deseja empreender. O fato de não exigir seguidores para começar, aliado à força de uma rede social com bilhões de usuários no mundo, cria um ambiente fértil para pequenos negócios testarem ideias, ganharem visibilidade e conquistarem clientes de forma mais rápida e direta.

Para o micro e pequeno empreendedor brasileiro, que muitas vezes enfrenta barreiras de custo e alcance em outros marketplaces, essa pode ser uma oportunidade estratégica de crescer com uma das plataformas que mais ditam tendências no digital hoje.