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Até 2028, 33% dos gastos com e-commerce serão transfronteiriços

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

De acordo com um novo estudo da Juniper Research, o valor do e-commerce transfronteiriço (comércio internacional) ultrapassará US$ 3,3 trilhões em 2028. Em 2023, por exemplo, espera-se que esse número seja de US$ 2,1 tri. Em relação às transações realizadas no e-commerce transfronteiriço, o crescimento global deverá ser de 107% nos próximos cinco anos.

Montagem de um mapa mundi com um smartphone sobreposto
Estudo afirma que e-commerces transfronteiriços devem identificar corretamente as mídias sociais e os canais de publicidade digital de cada mercado

O motivo, segundo a pesquisadora, seria o aumento da renda disponível nos mercados em desenvolvimento, que contribui para que varejistas e todo o setor de e-commerce voltem-se ao e-commerce transfronteiriço. Nesse período, a estimativa é de que as transações domésticas cresçam 48%.

Um dado interessante: a prevalência de métodos de pagamento alternativos em mercados em desenvolvimento, como dinheiro móvel, obriga os e-commerces transfronteiriços à adoção dessas preferências. Caso contrário, segundo o estudo, o risco de perda de vendas a empresas rivais é iminente.

E-commerce transfronteiriço é tendência global

Grande parte do crescimento no mercado de pagamentos de e-commerce está na área internacional. Isso se deve à rápida expansão dos principais mercados e como eles se diferenciaram. Recentemente, Nubank e EBANX fecharam uma parceria de meios de pagamentos para otimizar o comércio transfronteiriço.

O marketplace JD.com, por exemplo, fornece prazos de entrega rápidos graças à sua forte rede de logística. AliExpress, contudo, oferece produtos consideravelmente mais baratos que compensam os prazos de entrega mais longos do que o preferido para os consumidores.

Nos casos de Amazon, Rakuten e Mercado Livre, o diferencial está nos serviços de valor agregado, como streaming e serviços financeiros integrados. Como recomendação, os marketplaces devem oferecer uma experiência de consumo diferenciada para serem bem-sucedidos, assim como agregar valor aos comerciantes.

Marketing deve focar mídia social no e-commerce transfronteiriço

A pesquisa descobriu que, em um cenário de publicidade cada vez mais dominado pela mídia social, os principais fornecedores estão efetivamente comercializando diretamente para os consumidores.

Portanto, engajar de maneira direta os consumidores digitais é uma estratégia central para competir com os comerciantes domésticos. Vale identificar corretamente as mídias sociais e os canais de publicidade digital de cada mercado. Do contrário, são grandes as chances de perder vendas para consumidores com experiência em tecnologia.

Segundo um estudo da Nuvei, o Brasil lidera 72% do e-commerce transfronteiriço entre América Latina e Europa. Este ano, a estimativa é de que a participação de europeus no e-commerce transfronteiriço na América Latina seja de cerca de US$ 1 bilhão, o equivalente a 2%. O estudo completo (e pago) da Juniper Research pode ser adquirido aqui.