Varejistas com foco no segmento de beleza estão começando a experimentar um crescimento de vendas online, enquanto o setor farmacêutico ainda quebra a cabeça para ter uma participação significativa nas vendas por internet. Varejistas deste segmento ainda estão apanhando no processo, colocando mais ênfase no digital para melhorar a experiência de compra online, de acordo com um estudo do eMarketer.
No caso dos medicamentos e dos itens relacionados à saúde e beleza não é fácil separá-los por conta de sua sobreposição. Na pesquisa, o eMarketer destacou os produtos de saúde e cuidados pessoais nas vendas de e-commerce, que tiveram um aumento de 13,6% para $29,7 bilhões e são responsáveis por 5,7% do total de vendas por e-commerce nos Estados Unidos, uma proporção que parece não mudar pelos próximos três anos.
No setor de beleza, incluindo maquiagem, produtos de cabelo, para pele e fragrâncias, o The NPD Group e a Nielsen revelam que a maioria dos varejistas tiveram o maior share de vendas (25%) em 2014. Eles também mostraram que os consumidores estão diminuindo suas visitas à loja física ao mesmo tempo que aumentam suas compras online. A internet era responsável por 8% de vendas de produtos de beleza enquanto as visitas à loja física ficaram em 3% em 2013.
De acordo com Kosha Gada, gerente da A.T Kearney, a categoria de beleza está atraindo mais o e-commerce que os itens de cuidados pessoais porque a experiência de compra digital é mais agradável. Além, é claro do crescimento do e-commerce que também contribui para isso. “Há dois ou três anos o total de vendas da categoria costumava ficar entre 4 e 5%, agora estamos falando de 6 a 8%”, disse.
De acordo com Anne Zybowski, vice-presidente de insights para varejo na Kantar Retail, o segmento de luxo está liderando as vendas online no setor de farmácia e beleza. “O setor de luxo em geral tem uma grande fatia do mercado em termos de crescimento online, principalmente quando falamos de tratamentos de pele e cosméticos”, disse ela.
As vendas do e-commerce Ulta Beauty cresceram 56,4% em 2014 alcançando $ 1,5 bilhões, e sendo responsável por 4,6% do total da receita do varejista, de acordo com cálculos do eMarketer. Em março de 2015 a chief merchandising officer da empresa, Janet Taake atribuíram parte do sucesso do seu e-commerce ao aumento do número de marcas de prestígio no seu negócio e da principalmente da Lancôme”.
O setor farmacêutico é bem diferente. Mesmo entre os maiores players que possuem e-commerces pure play ainda vêem a maior parte de suas receitas vindo das lojas físicas. A Walgreens, por exemplo, viu o e-commerce contribuir com apenas 1,5% nas receitas na maior parte de seu ao fiscal mais recente, incluindo em suas propriedades como Boots.com, drugstore.com, Beauty.com, SkinStore.com e VisionDirect.com, além do seu site homônimo. Apesar do pequeno share do e-commerce em relação a receita geral da empresa, as vendas online registraram um crescimento de 22,5% durante os últimos 12 meses, alcançando $1,32 bilhões.
Com informações de: eMarketer