O período da Black Friday é um dos mais esperados pelo mercado varejista, mas a transformação do consumidor nos últimos anos tornou essencial a atualização das marcas na mesma medida. Com o primeiro semestre de 2021 movimentando R$ 53,4 bilhões em vendas, o esperado para o segundo semestre, juntamente com as promoções, são boas experiências e ações das empresas voltadas aos clientes. O insight é de Marcelo Osanai, gerente comercial da Ebit/Nielsen, com base em levantamentos da companhia.
“Uma das principais questões que identifico é que o e-commerce não estabilizou. Ainda veremos níveis subindo e, eventualmente, ficando mais modestos com a entrada de mais players e o ‘boom’ no mercado. No entanto, são resultados positivos”, disse.
Ainda em referência ao primeiro semestre, o executivo cita que o resultado registrado foi quase R$ 13 bilhões maior que em 2020 — incremento de 31% neste retrospecto. Isso, segundo ele, tem relação com os primeiros três meses, que mais contribuíram para o crescimento.
Com o setor de Alimentos & Bebidas (A&B) sendo o destaque na primeira metade de 2021, representando 36% do share, a divisão por setores fica com Casa & Decoração aparecendo com 27% da distribuição, seguido de Eletrodomésticos e Moda & Acessórios (ambos com 11%).
Além disso, na intenção de compra para a Black Friday deste ano, o top 10 de categorias incluídas na pesquisa da Ebit/Nielsen tem:
- Eletrônicos (44%)
- Eletrodomésticos (39%)
- Casa e Decoração (30%)
- Informática (29%)
- Moda e Acessórios (28%)
- Cosméticos e Perfumaria (24%)
- Telefonia/Celulares (23%)
- Livros (18%)
- Games (15%)
- Alimentos & Bebidas (14%)
No que diz respeito a intenção de compra durante por região, a Ebit/ Nielsen mostra Centro-Oeste (91,6%) e Sul (90,2%) como as principais a se movimentarem para o período.
Abaixo, as principais categorias para cada localidade:
- Norte (88,4%)
Eletrônicos (13%)
Eletrodomésticos (11%)
Informática (9%)
- Nordeste (87,6%)
Eletrônicos (14%)
Eletrodomésticos (11%)
Informática (9%)
- Sudeste (88,3%)
Eletrônicos (12%)
Eletrodomésticos (11%)
Casa e Decoração (8%)
- Centro-Oeste (91,6%)
Eletrônicos (11%)
Eletrodomésticos (10%)
Moda e Acessórios (8%)
- Sul (90,2%)
Eletrônicos (12%)
Eletrodomésticos (10%)
Informática (9%)
Dicas
Por fim, Osanai elenca caminhos para que marcas tenham um desempenho positivo durante a Black Friday. Além de reforçar o bom atendimento e valorização da experiência, ele fala de apostar em sites de busca e mídias sociais como principais caminhos para popularizar mais sua loja com os consumidores digitais.
“É importante entender a dinâmica de como o comprador chega a sua marca. Alguns dados da mesma pesquisa que elucidei aqui mostram que 54% dos compradores já se preparam para o período da Black Friday com antecedência, mas 89% das pessoas não sabem a data. Isso, na prática, mostra a lacuna que pode ser preenchida por uma boa estratégia de divulgação e comunicação baseada em meios digitais”, concluiu.
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Por Lucas Kina, em cobertura especial para o Fórum Indústria Digital