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Comércio impulsiona crescimento de 1% no faturamento das PMEs, aponta Omie

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) registrou um aumento de 1% na movimentação financeira das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras em agosto de 2024, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o setor apresentou um crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2023.

O IODE-PMEs atua como um indicador econômico para empresas com faturamento anual de até R$50 milhões, abrangendo 701 atividades econômicas, distribuídas entre quatro grandes setores: comércio, indústria, infraestrutura e serviços.

Empresa pequena com vários pacotes em cima de mesa de escritório e arrumados em estante ao fundo
Imagem: reprodução

Felipe Beraldi, economista e gerente de indicadores e estudos econômicos da Omie, destaca que o crescimento das PMEs em agosto deste ano foi heterogêneo, com o comércio liderando o aumento (8,4%), após ter avançado 19% no mês anterior. 

“Persistem sinais positivos na economia do país, como a solidez do mercado de trabalho e o aumento do rendimento médio real das famílias, que têm mantido o consumo em níveis elevados, impulsionando o desempenho das PMEs desse setor”, declara o executivo.

Além disso, o resultado é influenciado pela fraca base de comparação no segundo semestre de 2023 (-11,2%). O crescimento foi observado tanto no atacado (22%) quanto no varejo (7%), reforçando a recuperação positiva do setor nos últimos meses e elevando as expectativas para a Black Friday, uma data importante para o comércio no segundo semestre.

Indústria, serviços, infraestrutura e comércio

No entanto, as PMEs da indústria registraram uma queda de 3% em agosto. “É relevante destacar que esse movimento pode ser pontual, já que a base de comparação do setor é bastante alta. No mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 25,6%”, ressalta Beraldi.

Apesar disso, atividades como ‘impressão e reprodução de gravações’, ‘fabricação de móveis’ e ‘fabricação de máquinas e aparelhos elétricos’, apresentaram desempenho positivo, evitando quedas mais acentuadas no segmento.

Por outro lado, no setor de serviços, as PMEs registraram uma retração de 1,3% em relação ao mesmo período de 2023, mesmo após um crescimento de 6,2% em julho. Durante esse período, o desempenho do setor variou em diferentes categorias, com destaque para as ‘atividades administrativas’ e ‘atividades de entrega’.

Já as PMEs do setor de infraestrutura mantiveram a estabilidade na movimentação financeira real (8,6%), após um avanço no mês anterior, com destaque para o segmento de ‘coleta, tratamento e disposição de resíduos’.

Apesar do resultado mais moderado no mês, Beraldi acredita que ainda é cedo para prever uma reversão de tendência na atividade econômica das PMEs brasileiras. 

“É fato que o mercado espera alguma desaceleração na economia na segunda metade do ano. No entanto, o forte desempenho da economia doméstica no segundo trimestre (crescimento de 3,3% em comparação anual) e a manutenção de um mercado de trabalho aquecido são sinais importantes de que as PMEs podem continuar crescendo de forma robusta no curto prazo”, sinaliza o economista.