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Construir uma startup de sucesso passa por criar uma cultura diferenciada

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

De acordo com pesquisa da Fundação Dom Cabral, uma em cada quatro startups brasileiras morre antes de completar seu primeiro ano de operação. Para as que sobrevivem e começam a conquistar um lugar no mercado, dois novos desafios aparecem: expandir rapidamente seu time com os profissionais certos, e criar uma cultura forte o suficiente para reter e multiplicar essa equipe.

Essa prática ainda recente para as startups brasileiras é enfrentada há décadas no Vale do Silício, e os empreendedores americanos têm muito a compartilhar sobre seus erros e acertos. Um exemplo é Jason Lucash, fundador da Origaudio, que prega que a criação da cultura é fundamental para uma startup. Após ter conquistado um aporte no Shark Tank, o famoso reality show com investidores, Jason conta que sempre buscou profissionais criativos que transformassem insights em metas cumpridas. “Uma startup precisa não só de bons profissionais com boas ideias, mas pessoas que saibam realmente trabalhar com elas para alcançar bons resultados. É fundamental ter uma equipe que trabalhe com paixão e crie uma cultura empreendedora de sucesso”, afirma Lucash.

A também americana Andrea Barrica, cofundadora da inDinero e hoje responsável por orientar empreendedores na 500startups, aposta em uma equipe diversificada para alcançar o sucesso. Ela é uma das principais defensoras das minorias em startups e estimula a presença de diferentes nacionalidades, raças e mais mulheres no ecossistema. O Global Startup Ecosystem Report, por exemplo, apontou que apenas 12% das startups de São Paulo foram criadas por mulheres.

“Poucos empreendedores pensam em construir uma equipe e rede de relacionamentos diversificada, com pessoas de diferentes gêneros, nacionalidades, raças e orientação sexual. A verdade é que os profissionais de uma startup em fase inicial costumam ser um reflexo dos próprios fundadores, o que pode acarretar em consequências enormes para o futuro da startup”, alerta Andrea.

Andrea Barrica, Jason Lucash e diversos empreendedores brasileiros estarão no palco do CASE 2015 – Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo – para falarem sobre o desafio de encontrar talentos e criar a cultura de uma startup. O evento, organizado pela Associação Brasileira de Startups, acontece nos dias 3 e 4 de novembro no Centro de Exposições FECOMERCIO em São Paulo. A programação completa e informações sobre as inscrições podem ser acessadas no site http://case.abstartups.com.br

Sobre a ABStartups

Fundada em 2011, a Associação Brasileira de Startups (ABStartups) é uma entidade sem fins lucrativos, que possui mais de 3 mil startups em sua base de dados e tem como missão promover o ecossistema brasileiro de startups nacionalmente e internacionalmente, fornecendo informações de mercado e ativando os agentes relevantes para aumentar a competitividade das startups brasileiras.