De acordo com um levantamento do Pymnts Intelligence, mais de 40% dos consumidores adquiriram produtos de segunda mão em 2023. Por conta do aumento dos preços e as pressões inflacionárias, pessoas estão ajustando seus hábitos de compra e encontram nas redes sociais produtos de segunda mão em meio a parcerias de revenda.
No Brasil, segundo uma pesquisa da OLX, no primeiro trimestre de 2023 houve um aumento de 30% na venda de itens usados. A categoria de bens de consumo (que abrange produtos como móveis, eletrônicos, esportes, lazer, moda e beleza) apresentou uma média de aproximadamente 24 vendas por minuto durante o período.
Interessante destacar que, segundo o estudo, quase metade dos consumidores com rendimentos elevados também aderiram a essa tendência. Isso porque os mais abastados estão reconhecendo as vantagens econômicas das compras de segunda mão, especialmente para móveis e eletrônicos.
Vantagem dos produtos de segunda mão
O relatório revela que os consumidores afirmam economizar até 35% ao comprar de revendedores de segunda mão, em comparação com a compra de produtos novos. Quando se trata de descobrir e pagar por produtos “quase novos”, os mercados locais e eventos comunitários lideram as preferências, atraindo cerca de 20% dos consumidores.
Em seguida, as plataformas de mídia social e os mercados de revenda são escolhidos por aproximadamente 15% dos consumidores. Embora as transações peer-to-peer sejam menos utilizadas, mais de 10% dos consumidores ainda as preferem para adquirir produtos de segunda mão.
Tendência global
Globalmente, prevê-se que o mercado de segunda mão alcance US$ 351 bilhões em 2027, um aumento significativo em relação aos US$ 177 bi em 2022. Notavelmente, o mercado de roupas de segunda mão nos EUA deve dobrar, atingindo US$ 70 bi no mesmo período.
Diante dessa tendência, varejistas e fabricantes estão ajustando suas estratégias. Alguns estão integrando ofertas de segunda mão em seus modelos de negócios, enquanto outros estão formando parcerias com plataformas de revenda estabelecidas para capitalizar nesse mercado em expansão.
Em resumo, o relatório sugere que o mercado de segunda mão não é mais visto como uma escolha de compromisso, mas sim como uma decisão estratégica e sustentável. À medida em que essa tendência persiste, empresas de todos os setores precisarão se adaptar para atender às crescentes demandas dos consumidores, priorizando a economia financeira.