Uma das principais medidas adotadas por empresas e governantes na tentativa de enfraquecer a pandemia do Covid-19, conhecido como novo coronavírus, foi a adoção do trabalho em regime de home office. Consequentemente, o isolamento social por tempo indeterminado.
Com a determinação de fechamento de shopping centers, bares e restaurantes, os efeitos nas compras começam a aparecer e o estímulo ao varejo online é maior.
Se espera que o Brasil passe pelo mesmo efeito vivido pelos EUA nos meses de fevereiro e março. De acordo com uma pesquisa preliminar da plataforma Quantum Metric,o varejo online teve uma adição média de 52% na receita semanal com relação a 2019.
A explicação, segundo a pesquisa, está nos atrasos da venda do varejo tradicional e aumento na busca de aplicativos de entregas e comércio pela internet. A Quantum Metric se baseou no aumento de visitas a sites de comércio online norte-americanos nos dois primeiros meses do ano. Só em janeiro e fevereiro, foram 5 bilhões de acessos em portais de revendedores.
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O governo norte-americano trabalha com a hipótese de aumento de até 12% nas vendas por este meio. Isto, porém, ainda é incerto, já que não se sabe por quanto tempo o coronavírus vai se propagar.
Brasil já sente os efeitos
De acordo com o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), já há um recuo de vendas via varejo tradicional no Brasil.
A pesquisa aponta diminuição de 16,7% na busca por mercadorias no último final de semana na capital paulista em comparação com o mesmo período de 2019.
A Associação indica que o isolamento em casa obriga o consumidor a criar um novo hábito de consumo, portanto mais buscas pelo online.
“Quando o ambiente é de incerteza, como o de agora, não há como fazer projeções: o ideal é evitar pânico”, destaca o economista da ACSP, Marcel Solimeo.