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Criatividade logística, sustentabilidade, live commerce... O que as empresas do RS têm a ensinar ao varejo de Moda

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Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Durante o Congresso RS ‘23, um painel com duas empresárias do Rio Grande do Sul encheu o público de insights. De um lado, Luiza Lisot, fundadora da Petit Cheval, contou como superou os desafios de atuar (e crescer) no universo online com o advento da pandemia. Do outro, Fabiane Rittes, Brand Manager da Lizáli, explicou a saga de digitalizar a empresa familiar para, tal qual Lisot, prosperar no lockdown forçado da pandemia.

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Lisot, sentada à esquerda, contou como se destacou no mercado de moda slow fashion. Rittes, sentada à direita, comentou os desafios logísticos da indústria familiar e os benefícios do live commerce / Foto: Giuliano Gonçalves

Apesar de ambas atuarem na moda, o perfil das marcas é bem diferente. Lisot não possui estoque, uma vez que trabalha com matéria prima local e tem como enfoque o conceito slow fashion de calçados infantis. Para superar a ansiedade dos consumidores digitais, ela sempre evidencia a proposta sustentável por trás dos produtos para as pessoas entenderem o prazo de entrega de 5 dias.

Prospecção na pandemia a partir das lives

Segundo Rittes, o “pulo do gato” para liberar o estoque de tecidos na pandemia veio com a produção de máscaras de proteção. “Estávamos sem dinheiro no caixa e todas as costureiras em casa. Vimos uma oportunidade de zerar o estoque de tecidos com a produção das máscaras”. Vale lembrar que sua produção foi alavancada ainda mais quando uma emissora local levou o trabalho da Lizáli aos noticiários.

Depois das máscaras, Rittes contou que ainda restava cerca de R$ 300 mil em tecidos parados no estoque. “Foi quando eu descobri que algumas empresas estavam faturando alto com lives na internet, e não pensei duas vezes para começar”. Nessa, ela passou a produzir pijamas e outros produtos, que em pouquíssimo tempo esgotaram com as lives. “Foi literalmente o que nos salvou”, vibrou.

Seguindo a linha de produção de vídeos, Lisot explica que a ferramenta também é de suma importância para a Petit Cheval. “Nossos vídeos ajudam principalmente a entender e segmentar o público. Apesar de investir algum recurso em mídias pagas, são os conteúdos orgânicos que trazem maior retorno de vendas”. Aqui, Lisot aproveita conteúdos próprios para mostrar a produção sustentável dos produtos — a empresa já superou as 60 mil vendas de calçados infantis!

Criatividade logística

Diferentemente da Petit Cheval, que tem sua base na cidade de Teutônia, com cerca de 33 mil habitantes, a Lizáli está localizada em Chapada, com pouco mais de 9,5 mil pessoas. “Por ser uma região pequena e afastada, sofremos muito com a questão logística”, disse Rittes. E essa falta de transportadora gerou uma saída um tanto curiosa para a Lizáli…

Em sua apresentação, Rittes contou que fez uma parceria com a prefeitura da cidade e, agora, usa os carros de transporte de pacientes para deslocar os produtos a Porto Alegre. “Somos uma das poucas indústrias da cidade, e por isso mesmo geramos muitos empregos. Sugerimos essa proposta à prefeitura, que acatou o pedido. Essa foi a única maneira que permitiu não aumentar o preço do frete”.

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