O avanço da tecnologia está mudando não só o varejo como um todo, mas a própria percepção do consumidor sobre o setor. Segmentos que, historicamente, sempre mostraram resistência aos canais digitais, como os de itens de consumo rápido e perecíveis, estão, aos poucos, adotando estratégias para realizarem vendas online e entregarem seus produtos aos clientes no conforto de suas casas. É um cenário novo e integrado que exige adaptações e transformações nos processos — e que faz o conceito de dark store ser cada vez mais comum no dia a dia dos profissionais.
De fato, não há mais como fugir dessa realidade. A pesquisa 2018 Global Consumer Insights Survey, realizada pela consultoria PwC, indica que quase a metade dos brasileiros (45%) tem interesse em comprar itens básicos do seu cotidiano regularmente via Internet. Além disso, praticamente dois terços deles (64%) estão dispostos a pagar mais caro no frete por uma entrega mais rápida, se possível no mesmo dia (o famoso same day delivery). A questão é como fazer essa entrega expressa, se possível em poucas horas, e garantir a qualidade do produto?
A resposta para essa questão passa justamente pela implementação da proposta de dark store (loja escura, em tradução livre). São lojas fechadas ao público que atuam como pontos de distribuição de produtos em uma determinada região. O objetivo é bem simples: a pessoa que compra da empresa nos canais digitais da marca, como e-commerce ou em aplicativos de entrega, e está inserida nessa localidade pode optar por uma entrega rápida, recebendo o item em poucas hora, ou se preferir, retirar no estabelecimento se assim preferir.
Dessa forma, é possível otimizar de forma significativa a experiência do consumidor, uma vez que ele tem a possibilidade de escolher não apenas o melhor canal para comprar o produto, mas também a opção de frete mais adequada de acordo com o seu perfil e interesse — e sem perder em qualidade nesse processo. Além disso, agradar o cliente é uma estratégia fundamental nesse novo momento do varejo. Não é exagero dizer, por exemplo, que a transformação digital passa não apenas pela aplicação da tecnologia nos processos internos, mas principalmente pela proposta de entregar melhores serviços e estabelecer um relacionamento mais genuíno com seu público.
Evidentemente, isso exige uma série de cuidados do varejista. Para que o plano funcione, é necessário trabalhar, de forma otimizada e integrada, todos os seus canais de venda. Hoje, muitas marcas oferecem diferentes alternativas de venda ao usuário, como e-commerce, atuação em marketplaces, lojas físicas, franquias, entre outras, para espalhar sua atuação em diversas regiões e localidades. É preciso ter uma solução capaz de orquestrar e reunir todos os pedidos para identificar em todo o estoque a opção mais próxima e segura para aquela compra.
Atualmente, o cenário ideal para o varejista é adaptar o que já funciona bem há alguns anos às novas tecnologias existentes. Contudo, seja omnichannel ou uma boa estratégia de marketing, é essencial fazer o consumidor confiar na marca da mesma forma que confiava em um bom vendedor antigamente. É necessário buscar soluções e ferramentas que possibilitam a inovação contínua e, principalmente, que atendem às demandas e preferências dos consumidores. Com isso, a empresa dará um passo importante para consolidar sua atuação no setor e crescer de forma sustentável nos próximos anos.
Texto produzido por Eduardo Fregonesi, CEO da Synapcom – synapcom@nbpress.com
Sobre a Synapcom
Fundada em 2012, a Synapcom é a líder no mercado de full service no e-commerce brasileiro. A empresa tem uma solução completa e personalizada para a gestão do comércio eletrônico, auxiliando o varejista desde o planejamento do projeto até o pós-venda. Seus serviços contam com os pilares logística, SAC, pagamentos, gestão, tecnologia e marketing digital, que se integram e se complementam. Atualmente, atende a mais de 50 clientes, incluindo grandes marcas globais. Para mais informações, acesse synapcom.com.br.